O programa ‘Por Elas’, realizado neste sábado, dia 21 de abril, com a presença da estudante de Gestão e Empreendedorismo, Ana Carolina Vasconcelos, que atua na área de projetos de impactos sociais em Manaus, a mesma, faz parte da equipe de supervisores, na Hermanitos, além da venezuelana e psicóloga Auriscar Del Valle que também atua na área administrativa da Hermanitos, na área de qualificação do jovem em ação. Em um bate-papo com a apresentadora Isabela Nunes, conversaram sobre a integração socioeconômica de pessoas migrantes e refugiadas venezuelanas.
Auriscar começou falando sobre como surgiu a Hermanitos, e sobre os criadores da organização social. “Hermanitos é uma organização do estado civil, ela foi criada por três brasileiros, o Anderson, Túlio e a Patrícia. Eles iniciaram o ano de 2018, a Patrícia e o Túlio iam aos abrigos levar computador e começaram a fazer currículo para as pessoas que estavam ali. A maioria das pessoas falaram pra ele, que eles queriam uma oportunidade de emprego, que eles só precisavam ter uma renda para continuar ajudar a família que estavam na Venezuela”, inicia.
“Além da boa vontade, eles observaram que eles criavam os currículos, eles poderiam ter uma oportunidade de emprego. Eles criaram um currículo para uma pessoa que tinha um perfil muito bom, eles sempre contam isso, e essa pessoa foi inserida em uma empresa. Aí a visão deles mudou completamente, foi quando criaram o Hermanitos”, acrescentou a venezuelana.
Auriscar explica que o projeto começou com recursos próprios e que com o tempo e a elaboração de projetos, as organizações começaram a observar a movimentação da Hermanitos, foi quando chegaram a ganhar os demais recursos.
Durante o bate-papo, Ana explica os principais projetos da organização, além de citar os parceiros. “O nosso primeiro projeto foi a Fundação Para Americano de Desenvolvimento, que é apoiada pelo PRM, que o Estado Unidos. A FPDE o ponto principal dela é a integração mesmo da comunidade Venezuela na comunidade, em vagas de empregos e tudo mais”.
“Nós temos hoje o ‘Mujeres Fuertes’, ‘Vacina Para Todos’, que visa vacinar contra covid-19 a população migrante refugiada, porque é uma questão cultural, a vacinação da população é baixa. Nós temos o ‘Jóvenes En Acción’, que é para integração elaboral de jovens menos aprendiz, de 14 a 22 anos, a gente faz a qualificação e encaminha para o mercado de trabalho” acrescentou Vasconcelos.
Além disso, a supervisora falou sobre os projetos voluntários que acontecem aos sábados com um grupo de voluntários. “Nós temos o projeto Sopão Hermanitos, aos sábados a gente se reúne, faz a sopa e distribuí na cidade de Manaus para venezuelanos e para brasileiros”, enfatizou.
O projeto ‘Mujeres Fuertes’ é voltado para as mulheres refugiadas venezuelanas que são chefes de família, que não possuem uma rede de apoio e acabam tendo mais dificuldades de serem inseridas no mercado de trabalho, por serem mães solo.
“O perfil que nós temos é ser chefe de família, ser mãe solo, caso não seja mãe, seja a única responsável pelo sustento da sua família e que tenha força de vontade, acho que isso não falta ali na comunidade venezuelana. Elas vão passar seis meses conosco, se desenvolvendo, se capacitando”, explicou Ana.
Por fim, foi um bate-papo bastante agregador, que abordou sobre os desafios e os projetos da Hermanitos, bem como aqueles voltados para as mulheres migrantes refugiadas em Manaus. Além de falar sobre a importância da empatia com os venezuelanos, houve também a explanação sobre a questão da xenofobia.
“E como reflexão, acolham, o acolhimento é o ponto principal, se você ver alguém em situação de rua, vulnerável, conversa, acolha e vejo como você, como indivíduo pode apoiar de alguma forma o venezuelano, cubano, não escolha nacionalidade, escolha pessoas.”, finalizou a supervisora.
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Por: Kalinka Vallença
- Revisão Textual: Érica Moraes
- Apresentadora: Isabela Nunes
- Fotos – Marcus Reis
