quinta-feira, julho 4, 2024

Caso Marielle Franco: PF prende ex-major que afirma saber quem é o mandante do crime da ex-vereadora

O major reformado do Exército Ailton Gonçalves Moraes Barros, preso na manhã de hoje (3) pela Polícia Federal (PF), na Operação Venire, enviou mensagens ao ex-vereador Marcelo Siciliano dizendo saber quem era o mandante da morte da vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes, em março de 2018.

Nas mensagens, descobertas durante a investigação para a operação, Ailton disse saber que haviam tentado armar algo para Siciliano no caso. O ex-vereador também foi um dos alvos de busca e apreensão da operação desta quarta que mira a inclusão de dados falsos sobre vacinação contra a covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde. Ailton concorreu pelo PL a uma vaga como deputado estadual no Rio em 2022. No entanto, não foi eleito

Além disso, foram encontradas mensagens de Siciliano intermediando contatos na Secretaria de Saúde de Duque da Caxias, no Rio de Janeiro, para a inserção de dados falsos sobre vacinas no sistema do SUS.

Além de Siciliano, outras 15 pessoas foram alvo de busca e apreensão, incluindo até o ex-presidente Jair Bolsonaro. Seis pessoas foram presas. Entre elas, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente. A ação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal)

A ação da PF recebeu o nome de Operação Venire, que veio da expressão “Vir contra facto próprio” (Vir contra seus próprios atos). A PF afirmou que esse um princípio base do direito civil e do direito internacional, que veda comportamentos contraditórios de uma pessoa.

Caso Marielle 

Pouco mais de um mês após assassinato da vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes, ocorrido em 14 de março de 2018, delegados federais apresentaram como “testemunha-chave” à DH (Delegacia de Homicídios da Capital, órgão da Polícia Civil do Rio) o policial militar Rodrigo Jorge Ferreira.

A testemunha trabalhou como motorista do ex-PM Orlando Oliveira de Araújo, o Orlando Curicica, apontado como chefe de uma milícia que atua na zona oeste do Rio.

Em seu depoimento, “Ferrerinha”, como é apelidado o policial, apontou Sicilliano e Curicica como mandantes do assassinato da vereadora filiada ao PSOL. Ele afirma ter testemunhado reuniões em que ambos planejaram o atentado a Marielle Franco.

No entanto, uma investigação da PF, posteriormente, mostrou que o depoimento foi uma tentativa de atrapalhar as investigações e dificultar a identificação dos responsáveis pela morte da vereadora

Leia mais: Após apreensão do celular de Bolsonaro, autoridades políticas comentam a respeito da operação da PF

Por informações da UOL

Foto: Divulgação

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