Segundo especialista, o tratamento pode ajudar a prevenir e tratar condições a nível molecular, como o câncer e doenças neurológica
Um paciente em estágio terminal de câncer teve remissão completa, após passar por tratamento desenvolvido por um médico brasileiro. Scott Miller tinha sido diagnosticado com câncer de próstata metastático em estágio IV em 2021, aos 66 anos, até então, havia apenas mais quatro meses de vida.
O tumor tinha quase 12 centímetros e havia se espalhado para outros locais e órgãos, ao longo de seis meses, ele foi submetido a um tratamento desenvolvido pelo brasileiro Marc Abreu, usando a tecnologia BTT, que significa túnel térmico cerebral e o tratamento consiste na indução de proteínas de choque térmico através do aumento de temperatura pelo cérebro, tudo isso de maneira controlada.
A inovação de Abreu, que é especialista em termodinâmica cerebral e frequências termorregulatórias pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), foi desenvolvida na Universidade de Yale, nos Estados Unidos. O relato do caso foi apresentado na quarta-feira (26) na 38ª edição do Congresso Anual da Society for Thermal Medicine, em San Diego.
Sobre o tratamento
Foram necessárias cinco induções no paciente durante seis meses e Miller não sentiu os efeitos colaterais, ele também não precisou passar por outros tratamentos para alcançar a remissão total do câncer, como quimioterapia ou radioterapia, “Na primeira indução, já senti algo diferente.
Com isso, me mudei temporariamente de Los Angeles para Miami, onde fica o Instituto Médico BTT, para dar continuidade ao tratamento. Depois do tratamento, meu radiologista ao rever os meus exames me informou que inacreditavelmente é como se eu nunca tivesse câncer”, disse Scott.
Agora ele precisará passar por um acompanhamento contínuo a cada seis meses para fazer uma bateria de exames por três anos. Esse tratamento BBT, desenvolvido pelo brasileiro também é usado em doenças neurológicas e ele acredita que tem um “potencial único de prevenir e tratar inúmeras doenças a nível molecular”.
Câncer de próstata
O câncer de próstata pode ser diagnosticado por meio de exame físico (toque retal) e laboratorial (dosagem do PSA). Caso sejam constatados aumento da glândula ou PSA alterado, deve ser realizada uma biópsia para averiguar a presença de um tumor e se ele é maligno. Se for, o paciente precisa ser submetido a outros exames laboratoriais para se determinar seu tamanho e a presença ou não de metástases.
A maioria dos cânceres de próstata crescem lentamente e não causam sintomas. Tumores em estágio mais avançado podem ocasionar dificuldade para urinar, sensação de não conseguir esvaziar completamente a bexiga e hematúria (presença de sangue na urina).
Dor óssea, principalmente na região das costas, devido à presença de metástases, é um sinal de que a doença evoluiu para um grau de maior gravidade.
- Por July Barbosa com informações G1.
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