domingo, julho 7, 2024

Campanha Faça Bonito objetiva conscientizar e proteger os direitos de jovens e crianças

Campanha Faça Bonito – Nesta data, é importante lembrar que a responsabilidade pelo enfrentamento desse problema é de todos: governo, sociedade civil, escolas, famílias e indivíduos

Hoje dia 18 de maio marca o Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes no Brasil. Este dia foi escolhido para recordar um crime ocorrido na cidade de Vitória, Espírito Santo, no ano de 1973. Na ocasião, a menina Araceli, de apenas 8 anos, foi raptada, drogada e cruelmente assassinada. Este crime, marcado por extrema violência sexual, chocou o país e, até hoje, continua impune.

O objetivo desta data não é apenas lembrar o caso da pequena Araceli, mas principalmente mobilizar a sociedade para se engajar no combate a esta infeliz realidade, que atinge muitas crianças e adolescentes não apenas no Brasil, como no mundo. O abuso e a exploração sexual de menores é um crime que se apoia na vulnerabilidade dos jovens, que gera graves danos psicológicos, emocionais e físicos. Além disso, muitas vezes essas situações são perpetuadas por indivíduos próximos à vítima, o que intensifica o sentimento de desproteção e desamparo.

Nesta data, é importante lembrar que a responsabilidade pelo enfrentamento desse problema é de todos: governo, sociedade civil, escolas, famílias e indivíduos. A criação de um ambiente seguro, o fomento à educação e o fortalecimento de políticas públicas são alicerces essenciais nesta luta. O combate ao abuso e exploração sexual infanto-juvenil exige vigilância constante, denúncia de suspeitas e educação preventiva. A linha de frente desse combate somos todos nós, e é por meio da informação, conscientização e empatia que podemos fazer a diferença.

No Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, é fundamental que todos estejamos cientes do nosso papel nesse combate. Não podemos permitir que mais crianças e adolescentes tenham suas vidas marcadas por essa violência. É necessário agir, proteger e garantir que os direitos dos nossos jovens sejam respeitados, para que possam crescer de forma saudável e segura.

Fala de especialista

O Portal ouviu a secretária executiva adjunta dos Direitos das Crianças e Adolescentes, Rosalina Lobo, sobre a importância desse dia, “Pra nós é o momento de sensibilizar a sociedade e de tocar e chamar todos os adultos que conversam conosco para chamar a responsabilidade de cada um para proteger as nossas crianças. O Faça Bonito é voltado especialmente para que área da infância? Para combate à exploração sexual e as violências sexuais, e aí há uma discussão entre separar o que é violência e o que é exploração sexual, então tem muito trabalho informativo nesse sentido. Essa campanha Faça Bonito ela tem referência em um dia chave que é 18 de maio, o mês de maio todo é alusivo a esse movimento, mas 18 de maio ele é o dia especial porque fazem 50 anos da morte de uma criança chamada Araceli Crespo e ela foi violentada, assassinada e agora fazem 50 anos desse evento aqui no Brasil”.

Relato

Confira o relato de Sarah Mariah, Analista de Marketing e Influenciadora Digital, que aceitou dar seu depoimento ao Portal: “Quantas de mim existem no mundo? 
Aos seis anos de idade, o que eu considerava amor, era abuso. As bonecas foram trocadas por cobertas escuras e a alegria que eu tinha substituída pelo medo de todos saberem que eu não era mais “inocente”

Uma vítima de estupro passa por diversas fases no processo de entendimento, primeiro vem o medo, medo de não te entenderem, medo de te julgarem, medo de te violarem ainda mais, depois a culpa: será que eu provoquei isso? Será que se eu não tivesse naquele dia, naquela hora, naquele lugar, minha história não poderia ser diferente?

Depois vem a raiva, a depressão, o cansaço e principalmente a sensação de impotência. Hoje eu consegui falar, mas levei 17 anos para conseguir esse feito, precisei de anos de terapia, remédios controlados e muito, muito incentivo daqueles que me rodeiam. Mas e quem não tem esse suporte? Onde está o Estado na hora de proteger nossas crianças? Hoje o meu único desejo é que a justiça seja feita, não só por mim, mas por todas as Sarahs espalhadas pelo mundo inteiro aguardando salvação. Nós existimos e estamos aqui, quando olharão para nós?”


  • Por July Barbosa.
  • Foto: Divulgação.
  • Ilustração: Marcus Reis.

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