O Sinteam luta por um reajuste salarial de 25%, que corresponde à correção da data-base de 2020, 2021, 2022 e 2023, vale alimentação e auxílio localidade
O Governo do Amazonas aumentou de 8% para 14% a oferta de reajuste salarial a trabalhadores da Seduc (Secretaria de Educação do Amazonas), informou Ana Cristina Rodrigues, presidente do Sinteam (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas). A proposta será analisada em assembleia da categoria nesta terça-feira (30), às 10h, no Clube Municipal.
O Sinteam luta por um reajuste salarial de 25%, que corresponde à correção da data-base de 2020, 2021, 2022 e 2023, vale alimentação e auxílio localidade. No dia 18 deste mês, em reunião na Assembleia Legislativa do estado, o Governo do Amazonas apresentou contraproposta de reajuste de 8% aos servidores da Educação, mas o Sinteam rejeitou.
O pagamento proposto pelo governo será escalonado. Inicialmente, o governo propõe pagar 8%. Os outros 6% será somente em julho de 2024. Também oferece progressões verticais imediatas; progressões horizontais; devolução dos valores descontados no contracheque o mais rápido possível, condicionada à reposição das aulas dos dias parados; um possível reajuste no vale-alimentação, e revisão do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração
O Sinteam foi à Justiça, na manhã desta segunda-feira (29), para proibir que o Governo do Amazonas continue a descontar os dias parados do salário dos servidores que aderiram à greve da categoria, iniciada no dia 17 deste mês. O sindicato afirma que professores em greve chegaram a ter descontos de R$ 2,8 mil, conforme contracheques deste mês.
Mesmo com o desconto na folha de pagamento, o Sinteam manteve a paralisação, conforme anunciou a presidente do sindicato, Ana Cristina Rodrigues, nesta segunda-feira. “Somente a categoria é que diz se aceita ou não. A greve continua até que a mesa final seja discutida e a categoria aprove a contraproposta”, afirmou a professora.
A greve
A greve dos profissionais da educação da rede estadual começou no dia 17 deste mês. A greve é liderada pelo Sinteam. De acordo com a entidade, a data-base 2023 dos trabalhadores da rede estadual venceu no dia 1º de março. A instituição afirma, ainda, que a data-base de 2022 também está atrasada.
Integram o movimento grevista merendeiros, servidores administrativos, vigias, profissionais de serviços gerais, professores e pedagogos. Os profissionais reivindicam 25% de reajuste salarial, oSinteam também pede reajuste nos valores do vale-alimentação e auxílio-localidade; revisão do Plano de Cargos Carreira e Remuneração; e manutenção do plano de saúde e extensão para os aposentados.
Desde o início da greve, os representantes do sindicato e do Governo do Amazonas se reuniram duas vezes. Sem acordo com o Estado, que ofereceu 8% de reajuste, os profissionais da educação decidiram manter a paralisação.
O balanço mais recente do Sinteam aponta que 70% das escolas estaduais estão sem aulas.
- Da Redação.
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