Wilson Lima relatou à imprensa que o governo reuniu, por três vezes, nos dias 18, 29 e 31 de maio com a categoria em busca de ouvir as demandas e buscar atender a todas as demandas possíveis, mas que não identificou boa vontade, por parte do sindicato, em chegar ao fim da greve
Governador relatou à imprensa que o governo reuniu, por três vezes, nos dias 18, 29 e 31 de maio com a categoria em busca de ouvir as demandas e buscar atender a todas as demandas possíveis, mas que não identificou boa vontade, por parte do sindicato, em chegar ao fim da greve
Em coletiva de imprensa, na manhã desta quinta-feira (1), o governador do Amazonas, Wilson Lima (UB), explanou toda a situação que envolve as negociações para encerrar a greve dos professores no Amazonas. O governador denunciou que há um movimento político que tomou conta do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam) na greve, que já dura 16 dias, alertando que os “cabeças” do movimento devem sair candidatos nas eleições municipais de 2024.
“A última reunião durou seis horas. Fomos até o limite do que era possível por parte do Estado. Houve uma negativa do sindicato. Percebemos um movimento político que tomou conta desse grupo que diz representar os professores. Todos os que fazem parte desse movimento são ligados a questões políticas partidárias. Tem gente que foi candidato ou trabalha para político. Então, para eles, é positivo quanto mais tempo estiverem na mídia, promovendo a própria imagem”, expôs o governador.
Segundo o governador, o momento, agora, é de pensar nos alunos e nos pais. “É preciso pensar nas crianças que vão ‘pra’ escola, muitas em busca da primeira refeição do dia; e também de pais que trabalham e precisam deixar os filhos em escola de tempo integral. Não permito que façam uso político dessa greve. A educação é um instrumento transformador. Foi a educação que me salvou e fez eu me tornar o que sou hoje: governador do Amazonas!”, explicou.
O governador reforçou que sua gestão fez todas as propostas possíveis: “O sindicato não aceitou, essas são as condições do Estado, e a gente pode conversar, mais lá na frente, mas agora essa é a posição do Estado”.
Conforme o chefe do Executivo Estadual, os professores que retornarem à sala de aula, já na próxima segunda-feira (5), vão assinar uma nova folha, na qual seja possível a jornada de trabalho com reposição de aulas, para que, assim, possam receber sem o desconto no contracheque.
Confira as deliberações imediatas propostas na coletiva:
• Aumento de 8% na data-base de 2022;
• Aumento de 18% no vale-transporte;
• Projeto de lei de regime complementar para secretários de escolas e coordenadores distritais;
• Para os professores que voltaram à sala na segunda-feira, será feito uma folha suplementar e pagar os descontos já feitos;
• Convocação de professores do cadastro reserva para contratação imediata;
• Edital emergencial para contratar mais profissionais de educação já na segunda-feira
Entenda a situação
O Sinteam luta por um reajuste salarial de 25%, que corresponde à correção da data-base de 2020, 2021, 2022 e 2023, vale alimentação e auxílio localidade. No dia 18 deste mês, em reunião na Assembleia Legislativa do estado, o Governo do Amazonas apresentou contraproposta de reajuste de 8% aos servidores da Educação, mas o Sinteam rejeitouA greve dos profissionais da educação da rede estadual começou no dia 17 deste mês. A greve é liderada pelo Sinteam. De acordo com a entidade, a data-base 2023 dos trabalhadores da rede estadual venceu no dia 1º de março. A instituição afirma, ainda, que a data-base de 2022 também está atrasada.
Integram o movimento grevista merendeiros, servidores administrativos, vigias, profissionais de serviços gerais, professores e pedagogos. Os profissionais reivindicam 25% de reajuste salarial, oSinteam também pede reajuste nos valores do vale-alimentação e auxílio-localidade; revisão do Plano de Cargos Carreira e Remuneração; e manutenção do plano de saúde e extensão para os aposentados.
Trabalhadores da educação rejeitaram a nova contraproposta de reajuste salarial, de 14%, oferecida pelo Governo do Amazonas na sexta-feira (26), e decidiram manter a greve. Os servidores decidiram recusar a oferta em assembleia geral na manhã desta terça-feira (30). O governo propôs pagar o índice de forma escalonada, sendo 8% agora e 6% somente em julho de 2024.
“A assembleia rejeita principalmente por não chegar ao percentual [25% exigido pelos trabalhadores] e por estar de forma parcelada. Nós vamos aos nossos zonais apresentar uma contraproposta ao governo”, disse Ana Cristina Rodrigues, presidente do Sinteam (Sindicato dos trabalhadores em educação do Amazonas).
Leia mais: Professores rejeitam reajuste salarial de 14% proposto pelo governo e greve deve continuar no AM
- Por Redação Convergente
- Foto: Divulgação
- Ilustração: Marcus Reis