quinta-feira, novembro 21, 2024

Evento discute caminhos e desafios para a saúde da população LGBTQIA+

O debate foi mediado por Dayana Gusmão, integrante do coletivo e da Coordenação de Saúde do Trabalhador (CST/Cogepe)

O Comitê Pró-Equidade de Gênero e Raça da Fiocruz promoveu, na terça-feira (27/6), a roda de conversa Democracia, interseccionalidades e saúde: possibilidades e avanços para a população LGBTQIA+. O evento, organizado pelo grupo de trabalho sobre diversidade do Comitê, discutiu as demandas em saúde a partir das sexualidades e identidades de gênero, evidenciando os desafios para a Fiocruz e o SUS, e fortalecendo o compromisso político da instituição no enfrentamento às violações de direitos da população LGBTQIA+. O debate contou com as presenças de Benny Briolly, vereadora de Niterói e primeira travesti eleita no Estado do Rio de Janeiro, Camila Marins, jornalista e fundadora da revista Brejeiras, e Gleydson Paiva, coordenador do Ambulatório Municipal de Atenção Integral em Saúde LGBTQIA+ de Resende (RJ) e integrante do Coletivo LGBTI+ da Fiocruz.

Benny Briolly falou sobre os desafios de avançar em direitos conquistados desde o retorno da democracia no país e que ainda não alcançaram a população LGBTQIA+. “A gente sabe que a democracia é muito jovem. A juventude que inspira e formula os marcos da democracia ainda não é materializada em muitos lugares”, disse Briolly. A vereadora ponderou que ainda é preciso avançar muito na aplicação do cuidado e das políticas públicas concretas, pensar a questão territorial e garantir o exercício da cidadania da população LGBTQIA+ na saúde como um todo.

Camila Marins comentou sobre a saúde pós-pandemia, que produziu não apenas traumas individuais e coletivos, mas também “um luto coletivo”. Camila disse ser necessário pensar a saúde numa perspectiva racial de bem viver. Gleydson Paiva falou sobre as possibilidades e avanços para a população LGBTQIA+. Paiva destacou que embora se tenha uma política de saúde integral, ainda existem dificuldades, como por exemplo, a da mulher lésbica ser atendida pelo ginecologista da forma adequada ou pessoas trans entrarem no posto de saúde e terem seus nomes sociais respeitados.

Ainda participaram da roda de conversa Biancka Fernandes, representante do Comitê Pró-Equidade de Gênero e Raça da Fiocruz e educadora comunitária do Instituto Nacional de Infectologia (INI/Fiocruz), e Roseli Rocha, também integrante do Comitê e da Coordenação de Equidade, Diversidade, Inclusão e Políticas Afirmativas (Cedipa). Roseli apresentou a estrutura e os objetivos da nova Coordenação e destacou a luta da Fiocruz por uma sociedade livre de todos os preconceitos e discriminações. O debate foi mediado por Dayana Gusmão, integrante do coletivo e da Coordenação de Saúde do Trabalhador (CST/Cogepe).

A data

O dia 28 de junho foi escolhido para a celebração do orgulho LGBTQIA+ devido à Revolta de Stonewall, em 1969, nos Estados Unidos. Nesta data, frequentadores do Bar Stonewall Inn, um ponto de encontro para a população LGBT e outras pessoas em situação de vulnerabilidade em Nova York, lutaram contra a repressão, violência policial e tantas outras agressões vivenciadas diariamente numa época em que a homossexualidade ainda era considerada crime em grande parte do mundo. O episódio promoveu a ideia de “orgulho” dentro da comunidade LGBTQIA+ e inspirou a organização da primeira Parada do Orgulho LGBTI, realizada em vários países

Comitê

O Comitê Pró-Equidade de Gênero e Raça da Fiocruz foi criado em 2009 para consolidar uma agenda institucional pelo fortalecimento dos temas étnico-raciais e de gênero na Fundação, colaborando para uma constante atualização e reorientação de suas políticas. Periodicamente o Comitê realiza atividades de formação.


  • Fonte: Agência Fiocruz
  • Foto: Divulgação

Fique ligado em nossas redes

Artigos Relacionados

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here

Publicidade

Programas

Últimas Notícias