O ex-jogador Daniel Alves será julgado pelo suposto estupro de uma jovem em uma boate de Barcelona, crime pelo qual está na prisão desde janeiro, informou a Justiça espanhola na segunda-feira (31).
Ainda não há data para este julgamento. “Das acusações pelas quais o processo sempre esteve aberto, é um crime de assédio sexual”, disseram as fontes à AFP fontes do Tribunal Superior de Justiça da Catalunha.
De acordo com a imprensa espanhola, o ex-capitão da seleção sairá da prisão na quarta-feira para ir ao tribunal de Barcelona, onde a juíza irá notificá-lo de sua decisão e lhe imporá o pagamento de 150 mil euros (R$ 784 mil na cotação atual).
Assim, essa “fiança” servirá para cobrir eventuais danos e prejuízos, mas não para sair em liberdade condicional, disseram essas fontes.
Desse modo, a juíza dá por finalizada a investigação do caso e abre-se agora a fase criminal para Daniel, que, sem circunstâncias agravantes, poderia ser condenado a até 12 anos de prisão.
Em 2 de janeiro, uma jovem denunciou que o jogador a teria estuprado no banheiro de uma boate de Barcelona no final de dezembro, depois de Daniel Alves ter disputado a Copa do Mundo do Catar.
O atleta, que inicialmente negou conhecer a jovem, mudou de versão várias vezes e acabou admitindo que teve relações consensuais com ela, segundo fontes próximas ao caso.
A versão da mulher se manteve estável e os magistrados da Audiência de Barcelona recusaram diversos recursos dos advogados do ex-lateral-direito pedindo sua liberdade condicional, alegando que existia risco de fuga para o Brasil.
Jogador falou sobre a acusação
“Eu a perdoo. Ainda não sei porque ela (a suposta vítima) fez tudo isso, mas a perdoo. E queria pedir desculpa à única pessoa a quem tenho que pedir desculpa, que é a minha mulher, Joana Sanz. A mulher com quem me casei há oito anos, ainda sou casado e espero viver com ela por toda a minha vida”, disse Dani Alves.
O ex-jogador do Barcelona deu detalhes do ocorrido e garantiu que teria permanecido na discoteca, caso tivesse sido alertado de uma agressão sexual. Dani Alves chegou a passar pela jovem, que estava chorando, mas afirmou não ter percebido nada.
“Quando a mulher com quem tenho um problema sai do banheiro atrás de mim, fico um pouco na minha mesa. Ao sair, soube pelas imagens que passei perto de onde a mulher estava chorando. Eu não a vi. Se a tivesse visto chorar, eu teria parado para perguntar o que estava acontecendo. Naquele momento, se algum responsável pela discoteca me pedisse para esperar porque a jovem alegava que eu a teria agredido sexualmente, não iria para casa. Na mesma noite apareceria em uma delegacia para esclarecer”, afirmou o brasileiro.
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- Por July Barbosa com informações UOL
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