Ana Júlia Azevedo Ribeiro, de 29 anos, suspeita de envolvimento na morte da jovem Débora da Silva Alves, 18, que estava grávida de oito meses, foi presa nesta quinta-feira (10), em Manaus. A suspeita foi capturada pela Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS).
A mulher é companheira de Gil Romero Machado Batista, de 41 anos, preso na noite de terça-feira (8) e teve o mandado de prisão temporária decretado pelo Poder Judiciário, estava foragida.
Segundo informações do delegado Ricardo Cunha, titular da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), um mandado de prisão foi expedido em nome da companheira de Gil Romero após ela dar informações contraditórias para a polícia durante as buscas pelo corpo de Débora.
Após o corpo da vítima ser encontrado, ela foi novamente procurada para depor, mas não foi localizada pela polícia, Ana Júlia passou a ser considerada foragida. “Entendemos que ela precisa sim ser encarcerada, responder perguntas que devem ser questionadas”, disse o delegado, antes da prisão da suspeita.
O corpo da jovem foi encontrado, na quinta-feira (3/8), por uma equipe da DEHS, em uma área de mata no Mauazinho, zona leste, após um dos envolvidos na ação criminosa indicar onde o cadáver estaria.
José Nilson Azevedo da Silva, conhecido como ‘Nego’, foi preso na semana passada, acusado de participar do crime e ajudar Romero a enterrar o corpo da vítima.
Após a prisão de ‘Nego’, a polícia deu detalhes sobre o crime. Segundo as informações, a jovem teria ido ao encontro do assassino para pegar o dinheiro e comprar o berço para o seu bebê.
“A vítima se encontrou com uma pessoa e informou para essa pessoa que estava aguardando o pai da sua filha para receber o dinheiro de um berço. Após isso, ela não foi mais vista. Após o trabalho de investigação, confirmamos que Romero, o pai da criança, tinha envolvimento no crime”, disse o delegado Ricardo Cunha, titular da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS).
Sobre a participação de José Nilson no crime, a polícia relatou que ‘Nego’ era empregado de Romero e que o suspeito afirma que não matou Débora e que apenas teria participado da ocultação de seu cadáver.
“O Nego é empregado do Romero e foi chamado por ele para cometer o crime, segundo relatado pelo suspeito, a moça já estava morta quando ele encontrou ela no carro. O acusado afirma que foi obrigado a ocultar o cadáver com Romero”, disse a delegada Débora Barreiros sobre a participação de Nego.
Nova versão
Na tarde de hoje, quinta-feira (10), a Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) informou que Gil Romero deu uma nova versão sobre o bebê.
Segundo o Delegado Geral da Polícia Civil, Bruno Fraga, o suspeito confessou, em depoimento, que usou uma faca de cozinha para retirar a criança da barriga da vítima.
Em seguida, de acordo com o depoimento, ele colocou o corpo do bebê dentro de um saco, com pedaços de ferro e foi até o Porto da Ceasa, em Manaus. De lá, pegou uma embarcação e jogou o saco dentro do rio.
- Por July Barbosa
- Revisão textual: Vanessa Santos
- Foto: Divulgação
- Ilustração: Giulia Renata Melo