quinta-feira, novembro 21, 2024

Caso Débora Silva: esposa de suspeito é presa em Manaus

Ana Júlia Azevedo estava foragida e com mandado de prisão

Ana Júlia Azevedo Ribeiro, de 29 anos, suspeita de envolvimento na morte da jovem Débora da Silva Alves, 18, que estava grávida de oito meses, foi presa nesta quinta-feira (10), em Manaus. A suspeita foi capturada pela Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS).

A mulher é companheira de Gil Romero Machado Batista, de 41 anos, preso na noite de terça-feira (8) e teve o mandado de prisão temporária decretado pelo Poder Judiciário, estava foragida.

Segundo informações do delegado Ricardo Cunha, titular da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), um mandado de prisão foi expedido em nome da companheira de Gil Romero após ela dar informações contraditórias para a polícia durante as buscas pelo corpo de Débora.

Após o corpo da vítima ser encontrado, ela foi novamente procurada para depor, mas não foi localizada pela polícia, Ana Júlia passou a ser considerada foragida. “Entendemos que ela precisa sim ser encarcerada, responder perguntas que devem ser questionadas”, disse o delegado, antes da prisão da suspeita.

O caso Débora Silva
Conforme o delegado Ricardo Cunha, titular da unidade especializada, a vítima desapareceu no dia 29 de julho deste ano, quando saiu de sua residência para encontrar o infrator, que seria o pai do bebê.

O corpo da jovem foi encontrado, na quinta-feira (3/8), por uma equipe da DEHS, em uma área de mata no Mauazinho, zona leste, após um dos envolvidos na ação criminosa indicar onde o cadáver estaria.

José Nilson Azevedo da Silva, conhecido como ‘Nego’, foi preso na semana passada, acusado de participar do crime e ajudar Romero a enterrar o corpo da vítima.
Após a prisão de ‘Nego’, a polícia deu detalhes sobre o crime. Segundo as informações, a jovem teria ido ao encontro do assassino para pegar o dinheiro e comprar o berço para o seu bebê.

“A vítima se encontrou com uma pessoa e informou para essa pessoa que estava aguardando o pai da sua filha para receber o dinheiro de um berço. Após isso, ela não foi mais vista. Após o trabalho de investigação, confirmamos que Romero, o pai da criança, tinha envolvimento no crime”, disse o delegado Ricardo Cunha, titular da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS).

Sobre a participação de José Nilson no crime, a polícia relatou que ‘Nego’ era empregado de Romero e que o suspeito afirma que não matou Débora e que apenas teria participado da ocultação de seu cadáver.

“O Nego é empregado do Romero e foi chamado por ele para cometer o crime, segundo relatado pelo suspeito, a moça já estava morta quando ele encontrou ela no carro. O acusado afirma que foi obrigado a ocultar o cadáver com Romero”, disse a delegada Débora Barreiros sobre a participação de Nego.

Nova versão

Na tarde de hoje, quinta-feira (10), a Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) informou que Gil Romero deu uma nova versão sobre o bebê.

Segundo o Delegado Geral da Polícia Civil, Bruno Fraga, o suspeito confessou, em depoimento, que usou uma faca de cozinha para retirar a criança da barriga da vítima.

Em seguida, de acordo com o depoimento, ele colocou o corpo do bebê dentro de um saco, com pedaços de ferro e foi até o Porto da Ceasa, em Manaus. De lá, pegou uma embarcação e jogou o saco dentro do rio.

Leia mais: “Uma fração mínima dos feminicídios é identificada e julgada pelo judiciário”, diz pesquisador sobre assassinato de Débora Silva


  • Por July Barbosa
  • Revisão textual: Vanessa Santos
  • Foto: Divulgação
  • Ilustração: Giulia Renata Melo

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