domingo, julho 7, 2024

Microplásticos são encontrados em coração humano

A descoberta foi publicada recentemente na revista Environmental Science & Technology

Microplásticos usados em produtos comuns do nosso dia a dia foram encontrados pela primeira vez em um coração humano. Realizada por médicos do Hospital Anzhen de Pequim, na China, a descoberta foi publicada recentemente na revista Environmental Science & Technology.

O que são microplásticos?

Os microplásticos são partículas minúsculas, com menos de cinco milímetros. Elas são eliminadas no ar, na água e no solo por garrafas de plástico, embalagens de alimentos e tinta. Outras pesquisas já mostraram a presença deles em outros órgãos humanos, como os pulmões.

É estimado que uma pessoa inale uma quantidade de microplásticos equivalente a um cartão de crédito por semana. Cientistas estudam como eles afetam a saúde das pessoas.

De acordo com estudos anteriores, os plásticos podem se prender à membrana externa dos glóbulos vermelhos e afetar a capacidade deles de transportar oxigênio. Como as células não conseguem quebrar as partículas, o material também provoca inflamações no corpo.

Os plásticos também estão sendo associados ao desenvolvimento de câncer, doenças cardíacas, demência e problemas de fertilidade a longo prazo.

Foram encontrados nove tipos diferentes de plástico nos tecidos cardíacos. A lista inclui partículas microscópicas de poli (metacrilato de metila) em três partes diferentes do coração, um material usado como alternativa ao vidro; politereftalato de etileno, usado em embalagens de roupas e alimentos; e o policloreto de vinila (PVC), presente em tintas, canos de drenagem e esquadrias de janelas.

Pesquisadores acreditam que os pedacinhos de plástico possivelmente foram inalados ou ingeridos ao longo da vida dos pacientes, mas também acrescentaram que procedimentos médicos invasivos, como cirurgia, são uma rota de entrada de plásticos no corpo que é negligenciada.

“A detecção de microplásticos in vivo é alarmante, e mais estudos são necessários para investigar como eles entram nos tecidos cardíacos e os efeitos potenciais dos microplásticos no prognóstico de longo prazo após cirurgia cardíaca”, escreveram os autores do estudo.


  • Por July Barbosa com informações Metrópoles
  • Foto: Divulgação

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