quinta-feira, novembro 21, 2024

STJ retoma julgamento de ‘Caso Robinho’ nesta quarta-feira, 16/8

A defesa pede acesso à íntegra da sentença transcrita e traduzida para verificar se o devido processo legal foi respeitado no exterior

A Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) retomou, nesta quarta-feira (16/8), o julgamento sobre o processo envolvendo o ex-jogador Robinho. Na Itália, o atleta foi condenado a nove anos de prisão pelo crime de estupro contra uma jovem albanesa, em 2013. A defesa pede acesso à íntegra da sentença transcrita e traduzida para verificar se o devido processo legal foi respeitado no exterior.

Inicialmente, o pedido foi negado pelo relator Francisco Falcão. Diante de uma negativa inicial, os advogados do ex-atacante pediram nova análise, desta vez, pela Corte Especial, formada pelos 15 ministros mais antigos.

O processo que corre no STJ pode terminar com a prisão de Robinho no Brasil. Devido a impossibilidade de extradição do ex-jogador, a Justiça italiana pediu a “Homologação de Decisão Estrangeira”. Se aceita, ele cumprirá pena em território nacional.

Caso a Corte mantenha a decisão de negar a tradução e siga considerando todo o processo desenvolvido na Itália legal, a defesa do atleta pode acionar o Supremo Tribunal Federal (STF).

Relembre o Caso Robinho

Em 2017, Robinho foi condenado a nove anos de prisão por participação em estupro coletivo. O brasileiro recorreu da sentença e, em janeiro de 2022, foi condenado em última instância, não cabendo mais recursos.

A Justiça italiana pediu que Robinho cumpra a pena no Brasil, uma vez que o país não extradita cidadãos brasileiros. Em fevereiro de 2023, o Supremo Tribunal Federal (STF) concordou em transferir a pena.

Agora, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) irá analisar a sentença italiana, além de avaliar se a decisão atende os requisitos para ser cumprida no Brasil.

A garota identificou outros quatro homens (Rudney Gomes, Clayton Santos, Alexsandro da Silva e Fabio Galan) na noite em que foi violentada. Esses quatro não foram julgados e condenados, porque voltaram para o Brasil.

Leia mais: Caso Robinho tem repercussão na UBM através de HDE


  • Por July Barbosa com informações Metrópoles
  • Revisão textual: Vanessa Santos
  • Foto: Divulgação

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