terça-feira, julho 2, 2024

Rover Pragyan conclui missão e entra para a história como “embaixador lunar da Índia”

Após colocar a Índia no seleto grupo de nações que conseguiram pousar na Lua, Pragyan ganhou o título de “embaixador lunar” do país

O rover Pragyan, que chegou à Lua na espaçonave Chandrayaan-3 no último dia 23, acaba de concluir suas tarefas primordiais. Por ter colocado a Índia no seleto grupo de nações que conseguiram pousar no nosso satélite natural, ele ganhou o título de “embaixador lunar” do país.

A informação é da Organização Indiana de Pesquisa Espacial (ISRO), que postou no Twitter (X) o anúncio do êxito da missão neste sábado (2).

“O rover completou suas tarefas. Ele agora está estacionado com segurança e configurado no modo de suspensão”, diz a publicação.

Segundo o post, as cargas úteis do Pragyan foram desativadas. “Os dados dessas cargas úteis são transmitidos para a Terra através do módulo de pouso [Vikram]”.

Esses instrumentos são o Espectrômetro de Raios X de Partículas Alfa (APXS), que serve para procurar elementos no solo lunar e rochas; e o Espectroscópio de Degradação Induzido por Laser (LIBS), cuja função é examinar a composição química e elementar da superfície lunar.

Missão Chandrayaan-3 ainda pode voltar a investigar a Lua

Até agora, apenas os EUA, a Rússia (quando ainda era União Soviética) e a China haviam conseguido pousar na Lua. Nenhum deles, no entanto, foi tão ousado quanto a Índia: Chandrayaan-3 foi a primeira espaçonave da história a pousar próximo ao polo sul lunar, uma área que atualmente está atraindo a atenção de cientistas e agências espaciais de todo o mundo.

Acredita-se que as crateras polares permanentemente sombreadas contêm gelo de água preso nas rochas, que poderia ser extraído e usado para apoiar uma presença humana permanente no satélite natural da Terra. Além disso, essas crateras lunares poderiam ser usadas para construir telescópios de próxima geração que permitiriam aos astrônomos ver mais longe do que podem atualmente.

A missão Chandrayaan-3 foi planejada para durar um dia lunar, que corresponde a cerca de 14 dias terrestres, já que a energia do rover não seria suficiente para atravessar a longa noite de igual período de duração.

No entanto, é possível que ele ainda volte a trabalhar. Conforme confirma a ISRO no mesmo tweet, atualmente, a bateria do equipamento está totalmente carregada. “O painel solar está orientado para receber a luz no próximo nascer do Sol, previsto para 22 de setembro de 2023. O receptor é mantido. Esperando um despertar bem-sucedido para outro conjunto de tarefas! Caso contrário, Pragyan ficará para sempre lá como embaixador lunar da Índia”.

Lander indiano pousa “novamente” na Lua

Outro marco importante alcançado pela missão Chandrayaan-3 foi revelado pela ISRO esta madrugada. Segundo a agência, o lander fez um “novo pouso” na superfície lunar, durante um teste de salto que excede as atividades programadas para o equipamento.

“O lander Vikram excedeu os objetivos de sua missão. Ele foi submetido com sucesso a um experimento de salto”, diz a publicação. “Ao receber o comando, acionou os motores, elevou-se cerca de 40 cm, como esperado, e pousou com segurança a uma distância de 30 a 40 cm”.

De acordo com o post, “esse ‘pontapé inicial’ entusiasma futuras missões humanas e de retorno de amostras”.

O comunicado diz ainda que todos os sistemas funcionaram nominalmente e estão saudáveis. “A rampa implantada, o ChaSTE e o ILSA foram dobrados para trás e reimplantados com sucesso após o experimento”.

  • Fonte: Olhar Digital / Flávia Correa
  • Foto: Raymond Cassel
  • Ilustração: Giulia Renata 

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