Há um ano, eu lamentei bastante o comportamento constrangedor ao qual fui submetido por um partido político que prega um sentimento igualitário onde é citado ser fator obrigatório por ser estatutário. Pois bem é quase que unânime a falta de respeito dos presidentes para com seus partidos e suas bandeiras, e a conveniência é quase que totalitária. Não existe o respeito. Existe a pecúnia e, nesse balcão de negócios, bandeiras sociais são deixadas de lado, como por exemplo a causa negra, e não somente a causa mas como seus ativistas também. Alguém já parou para imaginar quantos sonhos foram destruídos, quantas lideranças enganadas e feitas de escada e tapete? Quantas e quantas vezes os grandes líderes foram feitos de massa de manobra por partidos ditos da esquerda e partidos ditos da direita?
Senti na pele por diversas vezes não ter sido compreendido por candidatos que fecharam as portas para minha história, simplesmente porque não assumi coordenar 5 pessoas nas ruas, até certa vez ser enganado por um homem que me disse: MEU COMPROMISSO É COM MEU AMIGO.
Então me remeto a uma única saída: o POVO PRETO TER SEU PRÓPRIO PARTIDO POLÍTICO.
Surgiu a luz no fim do túnel que tantas pessoas esperavam, onde reacende a esperança em cada coração brasileiro e em cada luta sofrida, ver um negro primeiramente capacitado, e em segundo se candidatando a Presidente da República, ou quem sabe governador, senador, Deputado Federal e Estadual. Claro que o sistema que mantém a estrutura racista dos partidos políticos não vai permitir de bom grado e, por isso, cabe a todos que ingressarem no novo partido em construção realizar o sonho que tanto esperamos.
Se nos proibiram de estudar, é quando criamos nossa faculdade. Nos chamaram de racistas, nos proibiram de estar nas capas das grandes revistas e, quando criamos nossa revista, nos chamam de racistas.
Não nos deixam nos candidatar a nenhum cargo e, quando nos deixam, nos privam dos direitos a logísticas e todo investimento. Será que agora vão nos chamar de racistas, porque estamos tentando construir nosso próprio partido político? De 81 senadores, temos 4 que se classificam como negros, de 513 deputados federais, não temos nem a metade, de 24 deputados estaduais, não temos um pela causa negra, de 41 vereadores, temos negros que não se identificam como negros.
Merecemos a oportunidade de mostrar nosso valor, que não está em ser massa de manobra. Não queremos ser escadas, queremos ser o topo para melhorar a vida do nosso povo, que é o povo brasileiro.
Levantou-se um exército de guerreiros que faz nascer no coração dessa gente a esperança de um Brasil para todos aqueles que sonham com dias melhores e não somente para aqueles que foram impostos por um sistema racista e segregador que ainda perdura em todos os meios, principalmente, no meio político partidário.
Presidente Weder Bueno, receba um abraço do Amazonas desse amigo aqui chamado Christian.
- Revisão textual: Vanessa Santos
- Ilustração: Marcus Reis