sábado, julho 6, 2024

Mortes de botos em Tefé serão investigadas por força-tarefa no AM

A força-tarefa “Emergência Botos Tefé”, que começou no último domingo, conta com a participação de 10 instituições

As mortes de botos no Lago Tefé, no interior do Amazonas, serão investigadas por uma força-tarefa, composta por instituições de pesquisa nacionais e internacionais. A operação também tem como objetivo resgatar os animais que ainda estão nas águas. Segundo o Instituto Mamirauá, a temperatura do lago chegou a 40ºC no dia de pico de mortes, o que pode estar influenciando na perda dos animais.

A força-tarefa “Emergência Botos Tefé”, que começou no último domingo (1º/10), tem a participação de 10 instituições. Só na última semana, foi registrada a morte de mais de 110 mamíferos aquáticos como o boto vermelho e o tucuxi, que viviam no lago. Segundo os pesquisadores, o número de botos achados mortos subiu para 125.

Segundo a operação, enquanto uma equipe analisa os animais mortos em terra, outra patrulha o rio em busca dos animais. Até a manhã de segunda, a operação não identificou novas mortes dos animais.

Durante o dia, as equipes recolheram 30 carcaças para necropsia, no Lago Tefé. O grupo de resgate de animais em desastres não encontrou botos vivos com alterações comportamentais que necessitassem de resgate.

Especialista

Sobre as mortes dos peixes, o engenheiro de pesca Tomás Sanchez falou: “no caso da fauna aquática dos rios, também é impactada, a gente tem situações em que alguns lagos ficam com o nível da água muito baixo, perdem sua conexão com o rio principal, então a quantidade de água, as suas nascentes também são reduzidas e, com isso, aquela quantidade de peixe que tem em determinado ambiente acaba entrando em um espaço menor, e aí também não tem água nova entrando, produção de oxigênio, e aí o peixe passa a consumir bastante e chega num momento crítico e outro fator também que influencia é a temperatura. Como a profundidade desses ambientes fica comprometida, então essa água esquenta bastante, o oxigênio fica menos solúvel, ele é inversamente proporcional, quanto mais esquenta a água, menos o oxigênio fica disponível para o peixe. Quanto às medidas, ao manejo, algumas ações ficam comprometidas por conta do difícil acesso, até para pescadores terem acesso para fazer a captura, fica ruim, porque essas embarcações pesqueiras não conseguem chegar nesses locais, então é algo muito complexo, é importante que o poder público possa mapear essas áreas para futuramente tentar pensar em algumas alternativas. Já se ouvem iniciativas de tentar fazer dragagem dos leitos desses rios, e aí vem também a questão que gera impacto ambiental, movimentando ali o ambiente.”

Leia mais: Estiagem no Amazonas: entenda um pouco sobre as causas e consequências


  • Por July Barbosa com informações G1
  • Revisão textual: Vanessa Santos
  • Foto: Divulgação

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