domingo, julho 7, 2024

Em Manaus, qualidade do ar fica comprometida mais uma vez devido à fumaça de queimadas

A noite desta quarta-feira, 4/10, foi marcada por Manaus encoberta por fumaça em diversos pontos da cidade

Pela 3ª semana seguida, Manaus anoitece e amanhece encoberta por fumaça de queimadas. O cheiro da queimada junto com a “neblina” incomoda os moradores mais uma vez.

A Zona Sul da capital segue sendo a região mais afetada em relação à qualidade do ar. De acordo com a plataforma Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental (Selva), está classificada como “péssimo”.

Na semana anterior, uma densa nuvem de fumaça tomou conta dos bairros de Manaus na noite da quarta-feira (27) e seguiu pela manhã de quinta (28).

Interior

Foi registrada também por moradores a presença de fumaça no município de Itacoatiara, o maior município do interior do Estado.

 

Visita do vice-presidente

Isso acontece horas após a visita ao Amazonas do vice-presidente Geraldo Alckmin que garantiu que o governo vai arcar com as necessidades do Estado e que não faltarão recursos para o Amazonas enfrentar a estiagem. Alckmin está em Manaus, nesta quarta-feira (4), acompanhado de uma comitiva de ministros do governo.

Queimadas no AM

O Amazonas decretou, no dia 12 de setembro, situação de Emergência Ambiental em municípios das regiões Sul do Amazonas e Metropolitana de Manaus sob o impacto negativo do desmatamento ilegal e queimadas não autorizadas.

De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Amazonas registrou 3.925 focos de queimadas nos primeiros dez dias de setembro.

A Situação de Emergência Ambiental abrange áreas dos municípios de Apuí, Novo Aripuanã, Manicoré, Humaitá, Canutama, Lábrea, Boca do Acre, Tapauá e Maués, no sul do estado; e Iranduba, Novo Airão, Careiro da Várzea, Rio Preto da Eva, Itacoatiara, Presidente Figueiredo, Manacapuru, Careiro Castanho, Autazes, Silves, Itapiranga, Manaquiri e a própria capital, na Região Metropolitana de Manaus.

Problemas de saúde

Atualmente, a poluição do ar é considerada uma das maiores ameaças à saúde humana. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 90% da população mundial respira ar abaixo de níveis seguros.

O crescimento dos incêndios florestais agrava os índices de poluição do ar. O monóxido de carbono (CO), partículas de fuligem e elementos tóxicos presentes na fumaça geram uma série de efeitos no corpo humano.

Alguns dos problemas decorrentes da inalação de fumaça e fuligem são tosse, falta de ar, aumento de doenças respiratórias, inflamação, diminuição da função pulmonar, aumento da admissão hospitalar e mortalidade, principalmente em pacientes com doenças cardiovasculares e/ou pulmonares, piora dos ataques de asma em asmáticos, aumento de casos de câncer, entre outros.

Crianças, idosos, gestantes e pessoas com doenças pulmonares ou cardíacas são considerados os mais vulneráveis às complicações causadas pela fumaça.

As pessoas que moram próximas às áreas queimadas são as mais suscetíveis a sofrerem com as consequências para a saúde. Entretanto, a fumaça pode viajar milhares de quilômetros e atingir outras cidades, estados e até países.

Leia mais: Fumaça de queimadas cobre cidade de Manaus mais uma vez


  • Por July Barbosa
  • Revisão textual: Vanessa Santos
  • Fotos: Redes Sociais

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