Após o inquérito da PCMG, que culpou os pilotos pela queda do avião de Marília Mendonça, João Gustavo, o irmão da cantora, desabafou. Para o cantor, a justiça pela morte da artista ainda não foi feita e aproveitou para fazer outros questionamentos sobre a conclusão.
“Faltou transparência. Para a família, continua a dúvida. Achamos que para eles foi cômodo culpar os pilotos e isentar a companhia energética de Minas Gerais. Eles mesmo se culparam sinalizando os fios de alta tensão após o acidente. Isso é um fato, e contra fatos não há argumentos”, disse o jovem.
Ele ainda prometeu aos fãs, amigos e familiares que este não é um caso encerrado e que vai questionar a Justiça sobre fatos que não foram esclarecidos.
“Assim que o inquérito for entregue ao poder judiciário, iremos acompanhar e indagar certas questões que ainda não foram respondidas. Minha mãe, assim como eu, espera respostas claras e objetivas. Acreditamos que a justiça ainda não foi feita e o caso não foi solucionado”.
Advogado também discorda
O advogado que representa as famílias do piloto e co-piloto que faleceram no acidente aéreo envolvendo a cantora Marília Mendonça expressou sua discordância em relação à conclusão do inquérito que responsabilizou a dupla.
Sérgio Alonso, o advogado das famílias, declarou que não pretende dar continuidade a um possível processo judicial devido à conclusão do inquérito. Ele afirmou: “Não interessa para nós. A conclusão é absurda, mas não vou perder tempo com essas conclusões, é um verdadeiro nonsense.”
Entenda a situação
Com base na investigação, a Polícia Civil atribuiu aos pilotos a responsabilidade do acidente. Em coletiva de imprensa, o delegado de polícia Sávio Assis esclareceu: “Sendo certo que todo o arcabouço produzido durante o inquérito policial, nós firmamos a convicção jurídica de que a tripulação por circunstâncias até então não justificáveis atuou com negligência e imprudência”.
“Chegamos a conclusão de que houve essa quebra do dever de cuidado objetivo. […] Houve imprudência por parte da tripulação por ter alongado a perna do vento e ter saído da zona de proteção do aeródromo. Já no ato de negligência, foi a falha da análise prospectiva na questão do plano de voo, pois tudo leva a crer que eles não tomaram ciência das cartas que previam as linhas de transmissão, bem com não seguiram os procedimentos padrões operacionais previstos para a aeronave”, detalhou o delegado.
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- Por July Barbosa com informações UOL
- Revisão textual: Vanessa Santos
- Foto: Divulgação