O gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, negou, nesta segunda-feira (16/10), os boatos da existência de um acordo de cessar-fogo para a retirada de estrangeiros que estão na Faixa de Gaza. O número de mortos em ataques israelenses na região aumentou para 2.750. Ao passo que os bombardeios são intensificados em Gaza, Israel também prepara uma ofensiva terrestre.
“Não há cessar-fogo e entrada de ajuda humanitária em Gaza em troca da saída de estrangeiros”, afirmou um comunicado divulgado pelo gabinete de Netanyahu. O porta-voz do grupo extremista Hamas, Izzat al Rishq, também negou a possibilidade de uma trégua. O conflito já entrou para o décimo dia e deixou mais de 4 mil pessoas mortas, sendo 2.750 em Gaza e 1.400 em Israel.
Os governos do Brasil e dos Estados Unidos, além da Organização das Nações Unidas (ONU), negociam abertura de um corredor humanitário para viabilizar a saída das pessoas que estão em zona de conflito. “Espero ouvir boas notícias esta manhã sobre a entrada de ajuda em Gaza através de Rafah, para ajudar um milhão de pessoas deslocadas ao sul e aquelas que já viviam na região”, declarou o diretor de operações de emergência da ONU, Martin Griffiths.
Milhares de palestinos estão se deslocando para o sul após Israel dar um prazo de 24 horas, na sexta-feira (13/10), para a saída da população do norte de Gaza. A ONU descreve a situação em Gaza como uma “catástrofe humanitária inédita”.
Brasileiros em Gaza esperam autorização do Egito
Entretanto, o Egito tem apresentado resistência, argumentando que existem problemas nas estradas devido a bombardeios aéreos e burocracias relacionadas à falta de documentos das pessoas interessadas em atravessar o portão de Rafah, localizado no sul de Gaza e na fronteira com o Egito. Há também o receio de que o país seja alvo de represálias por parte do grupo extremista Hamas.
Dos 32 brasileiros que aguardam para retornarem ao país, 16 pessoas — sendo quatro homens, quatro mulheres e oito crianças, já foram deslocadas para Rafah. Elas estavam alojadas na escola Rosary Sisters, no norte de Gaza.
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- Por Redação Convergente
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