O grupo extremista Hamas anunciou hoje ter libertado duas reféns americanas, uma mãe e sua filha, por “razões humanitárias”, alegaram.
Israel confirmou a informação, segundo o Channel 13 News e a emissora pública Kan. Os Estados Unidos e o Qatar, mencionado na nota oficial do Hamas como país responsável pela intermediação, ainda não se pronunciaram.
O anúncio foi feito nas redes sociais do Hamas na tarde de hoje e critica declarações do presidente dos EUA Joe Biden, que se aliou a Israel no combate ao grupo.
Não foram divulgadas mais informações sobre onde as reféns teriam sido soltas.
Nota do Hamas
“Em resposta aos esforços do Qatar, as Brigadas Al-Qassam libertaram duas cidadãs americanas (uma mãe e sua filha) por razões humanitárias e para provar ao povo americano e ao mundo que as alegações feitas por Biden e sua administração fascista são falsas e sem fundamento”
Um integrante do Hamas disse que o gesto foi para “provar para a comunidade internacional que o Hamas não é uma organização terrorista”. A declaração foi feita em entrevista a emissora Al Jazeera. Ele repetiu a informação de que a negociação de soltura dos sequestrados pode avançar se os ataques a Gaza forem encerrados.
O grupo já havia afirmado, anteriormente, que libertaria os reféns estrangeiros conforme conseguisse confirmar suas identidades. Na última semana, imagens de uma refém israelense foram divulgadas para mostrar o suposto “bom tratamento” dos sequestrados.
Aproximadamente, 200 reféns se encontram atualmente detidos na Faixa de Gaza, segundo informações do Exército de Israel. Desses, mais de 20 são menores de idade e entre 10 a 20 têm mais de 60 anos.
“Vários militares israelenses” estão entre os sequestrados, disse o ex-chefe do Hamas Khaled Meshaal, em entrevista à TV Al Arabiya. Entre eles, há membros do alto escalão da Divisão de Gaza, segundo o extremista.
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- Por Redação Convergente
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