A tarde desta segunda-feira (23/10) foi de medo para moradores da Zona Oeste do Rio de Janeiro. Pelo menos 27 ônibus foram alvos de incêndios criminosos. Outros veículos também foram incendiados na região, com o fechamento de diversas vias da cidade. Segundo informações do Centro de Operações do Rio (COR-Rio), a morte de um chefe da milícia, na manhã desta segunda, provocou a onda de violência na cidade.
O miliciano Matheus da Silva Rezende, conhecido pelos apelidos “Teteu” e “Faustão”, era sobrinho do chefe da milícia da região. Rezende foi morto durante uma troca de tiros com a Polícia Civil do estado. O homem era apontado como o número dois na hierarquia da milícia comandada pelo tio.
Incêndios em diversos pontos da cidade
O COR-Rio informou que o primeiro ônibus incendiado estava na Rua Felipe Cardoso, na altura do BRT Cajueiros, em Santa Cruz. Outro ônibus do sistema BRT foi destruído próximo à Estação Santa Eugênia, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Os incêndios são em ônibus BRTs, municipais e também fretados.
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), falou sobre o assunto nas redes sociais. Para ele, quem paga pelos crimes é o povo trabalhador. “Tivemos que interromper serviços de transporte na Zona Oeste para que não queimem mais ônibus. Ou seja, únicos prejudicados: moradores das áreas que eles dizem proteger! Essa gente precisa de uma resposta muito firme das forças policiais! Como prefeito, apelo ao Governo do Estado e ao Ministério da Justiça para que atuem para impedir que fatos assim se repitam”.
Quando o sujeito além de bandido é burro. Milicianos na Zona Oeste queimam ônibus públicos pagos com dinheiro do povo para protestar contra operação policial. Quem paga é o povo trabalhador. E para piorar, tivemos que interromper serviços de transporte na Zona Oeste para que… pic.twitter.com/NLzj6K1dXF
— Eduardo Paes (@eduardopaes) October 23, 2023
Morte de sobrinho
De acordo com informações, Matheus da Silva Rezende morreu em uma troca de tiros com a Polícia Civil, na comunidade Três Pontes, em Santa Cruz. O confronto envolveu policiais da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e do Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE).
O governador do estado, Cláudio Castro (PL), nas redes sociais, parabenizou os policiais envolvidos na ação. “Não vamos parar! Nossas ações para asfixiar o crime organizado têm trazido resultados diários”.
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- Por Redação Convergente
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