Manaus amanheceu encoberta por fumaça de queimadas novamente neste sábado, 28/10. O cheiro e a ‘neblina’ voltaram a incomodar a população em vários pontos da capital nos últimos dias.
De acordo com a plataforma de Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental (Selva), o ar, nesta manhã, está classificado como “muito ruim”.
Ibama
A Brigada de incêndios florestais em ação na região metropolitana de Manaus-AM realizou palestra na Escola Vidal Gomes de Melo no município de Autazes.
Foram atendidas crianças do 1° ao 5° ano do ensino infantil. No total, participaram 5 turmas com 200 alunos dos turnos matutino e vespertino.
As atividades de educação ambiental são conduzidas destacando-se a importância da preservação ambiental na região.
Entre as ações desenvolvidas, encontram-se a apresentação das entidades envolvidas, estratégias de combate, conscientização sobre questões críticas e métodos de manejo do meio ambiente. Além disso, são promovidas interações dinâmicas com os alunos, tornando as palestras mais envolventes, especialmente para o público infantil.
A atividade visa a formação de consciência para os futuros usuários dos recursos naturais da Amazônia como parte das ações de prevenção e combate a incêndios florestais.
Queimadas no AM
O Amazonas decretou, no dia 12 de setembro, situação de Emergência Ambiental em municípios das regiões Sul do Amazonas e Metropolitana de Manaus sob o impacto negativo do desmatamento ilegal e queimadas não autorizadas.
De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Amazonas registrou 3.925 focos de queimadas nos primeiros dez dias de setembro.
A Situação de Emergência Ambiental abrange áreas dos municípios de Apuí, Novo Aripuanã, Manicoré, Humaitá, Canutama, Lábrea, Boca do Acre, Tapauá e Maués, no sul do estado; e Iranduba, Novo Airão, Careiro da Várzea, Rio Preto da Eva, Itacoatiara, Presidente Figueiredo, Manacapuru, Careiro Castanho, Autazes, Silves, Itapiranga, Manaquiri e da própria capital, na Região Metropolitana de Manaus.
Problemas de saúde
Atualmente, a poluição do ar é considerada uma das maiores ameaças à saúde humana. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 90% da população mundial respira ar abaixo de níveis seguros.
O crescimento dos incêndios florestais agrava os índices de poluição do ar. O monóxido de carbono (CO), partículas de fuligem e elementos tóxicos presentes na fumaça geram uma série de efeitos no corpo humano.
Alguns dos problemas decorrentes da inalação de fumaça e fuligem são tosse, falta de ar, aumento de doenças respiratórias, inflamação, diminuição da função pulmonar, aumento da admissão hospitalar e mortalidade, principalmente, em pacientes com doenças cardiovasculares e/ou pulmonares, piora dos ataques de asma em asmáticos, aumento de casos de câncer, entre outros.
Crianças, idosos, gestantes e pessoas com doenças pulmonares ou cardíacas são considerados os mais vulneráveis às complicações causadas pela fumaça.
As pessoas que moram próximo às áreas de queimadas são as mais suscetíveis a sofrerem com as consequências para a saúde. Entretanto, a fumaça pode viajar milhares de quilômetros e atingir outras cidades, estados e até países.
- Por July Barbosa
- Revisão textual: Vanessa Santos
- Foto: Rede social