O Ministério da Agricultura declarou estado de emergência fitossanitária para o risco iminente de dispersão da mosca da carambola no Amapá, Amazonas, Pará e Roraima. A medida tem validade de um ano.
A mosca da carambola (Bactrocera carambolae) é uma praga quarentenária presente no Norte do país desde 1996. Portaria publicada, nesta segunda-feira (13/11), prevê que o ministério indique diretrizes e medidas a serem adotadas a partir da declaração da emergência nesses Estados.
Em abril, a Pasta já havia declarado Roraima como área sob quarentena para a praga. A medida proibiu o trânsito de frutos de hospedeiros da mosca para outros Estados. O objetivo é impedir o avanço do inseto para outras regiões do país.
A mosca da carambola é a principal ameaça à manutenção de mercados de exportação da fruticultura brasileira, a terceira maior em volume de produção do mundo. A praga causa danos não apenas na carambola, mas também na goiaba, acerola, tangerina, caju, pitanga, entre outras.
De acordo com o Ministério da Agricultura, o novo status fitossanitário vai ajudar a alterar a estratégia de controle e combate dessa praga, que já dura 30 anos. A intenção é buscar mais recursos para reforçar as ações em 2024 nos Estados onde o inseto está presente e permitir o uso de produtos.
A diretora do Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícola, Edilene Cambraia, disse que a declaração do estado de emergência coloca o tema no topo das prioridades do Ministério da Agricultura para a captação de novos recursos para aplicação em ações de controle da mosca da carambola.
- Por July Barbosa com informações G1
- Revisão textual: Vanessa Santos
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