A audiência de instrução do Caso Débora foi finalizada nesta terça-feira (14/11). Gil Romero Machado Batista, acusado de matar Débora da Silva Alves, de 18 anos, que estava grávida de oito meses do filho dele, foi interrogado. Agora, ele e outro acusado devem aguardar a decisão se serão submetidos a júri popular.
Segundo a Justiça do Amazonas, a defesa de Gil Romero havia prometido apresentar uma testemunha, mas não obteve êxito. Diante disso, o interrogatório dos acusados aconteceu durante o dia, já que as testemunhas de acusação já haviam sido ouvidas no primeiro dia de audiência, em 7/11.
O juiz iniciou o interrogatório do acusado José Nilson, que preferiu ficar calado. Em seguida, o magistrado iniciou o interrogatório do acusado Gil Romero Machado, que optou por responder apenas às perguntas do advogado de defesa.
Os acusados participaram da audiência, que iniciou às 09h55 e foi concluída às 13h50, através de videoconferência a partir do Centro de Detenção Provisória (CDPM 1), onde os dois se encontram em prisão preventiva.
A audiência foi presidida pelo juiz de direito James Oliveira dos Santos. O promotor de justiça Leonardo Tupinambá representou o Ministério Público do Estado do Amazonas e teve a assistência da advogada Goreth Rubim. O advogado Vilson Benayon representou o acusado Gil Romero, enquanto que a defensora pública Ellen Cristine Alves de Melo atuou na defesa de José Nilson.
Após os interrogatórios, houve pedido da defesa para novas diligências junto à Polícia Civil do Amazonas. Após cumpridas as diligências requeridas, o Juízo abrirá prazo para a apresentação dos memoriais (por parte da acusação e da defesa) e, posteriormente, sairá a decisão se os acusados serão submetidos a júri popular.
1° dia de audiência
Débora da Silva Alves, de 18 anos, estava grávida de oito meses, quando foi encontrada morta na manhã do dia 3 de agosto, em uma área de mata localizada no Mauazinho, Zona Leste de Manaus.
Gil Romero, pai do bebê, confessou à polícia ter cometido o crime. Ele era o pai da criança que Débora esperava. A jovem foi carbonizada. José Nilson indicou onde estava o corpo de Débora.
Em um de seus depoimentos, Gil afirmou ter tirado a criança do corpo de Débora e jogado no rio. Contudo, recentemente, os familiares voltaram ao local do crime e encontraram uma ossada que acreditam ser do bebê. A polícia investiga a situação.
A sessão iniciou com o depoimento da mãe da vítima. Nesta primeira fase, o Ministério Público do Amazonas (MP-AM) convocou oito testemunhas de acusação para serem ouvidas.
- Da Redação
- Revisão textual: Vanessa Santos
- Foto: Divulgação