Manaus amanheceu, mais uma vez, encoberta por fumaça neste sábado, 18/11. A “neblina” e o cheiro das queimadas voltaram a incomodar os moradores em vários bairros da cidade.
De acordo com a plataforma de Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental (Selva), o ar, nesta manhã, está classificado como “muito ruim”.
IBAMA
IBAMA/PREVFOGO forma 45 brigadistas no Amazonas.
No dia 11 de novembro de 2023, o IBAMA concluiu, com cerimônia de encerramento, o curso de brigadistas promovido pelo PREVFOGO, Centro de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais.
Durante o evento, leu-se o Juramento do brigadista, foram entregues os certificados de amigos do Prevfogo às autoridades que colaboraram com o curso, na presença de secretários e secretarias municipais.
O curso surgiu da necessidade de se prevenir e combater os incêndios florestais nos municípios atendidos após crise de fumaça em Manaus.
“É um importante legado que deixamos para a região mais crítica do fogo e fumaça de 2023. Esses guerreiros serão fundamentais para se criar uma cultura dos cuidados com o fogo em seus municípios”, afirmou o Superintendente do IBAMA-AM, Joel Araújo.
O curso ocorreu em Careiro Castanho graças ao apoio da Prefeitura Municipal. Ajudaram, ainda, as prefeituras de Manaquiri e Autazes.
Cabe aos municípios alocarem tais formandos no quadro de servidores das prefeituras, reforçou o Superintendente.
Queimadas no AM
O Amazonas decretou, no dia 12 de setembro, situação de Emergência Ambiental em municípios das regiões Sul do Amazonas e Metropolitana de Manaus sob o impacto negativo do desmatamento ilegal e queimadas não autorizadas.
De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Amazonas registrou 3.925 focos de queimadas nos primeiros dez dias de setembro.
A Situação de Emergência Ambiental abrange áreas dos municípios de Apuí, Novo Aripuanã, Manicoré, Humaitá, Canutama, Lábrea, Boca do Acre, Tapauá e Maués, no sul do estado; e Iranduba, Novo Airão, Careiro da Várzea, Rio Preto da Eva, Itacoatiara, Presidente Figueiredo, Manacapuru, Careiro Castanho, Autazes, Silves, Itapiranga, Manaquiri e da própria capital, na Região Metropolitana de Manaus.
Problemas de saúde
Atualmente, a poluição do ar é considerada uma das maiores ameaças à saúde humana. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 90% da população mundial respira ar abaixo de níveis seguros.
O crescimento dos incêndios florestais agrava os índices de poluição do ar. O monóxido de carbono (CO), partículas de fuligem e elementos tóxicos presentes na fumaça geram uma série de efeitos no corpo humano.
Alguns dos problemas decorrentes da inalação de fumaça e fuligem são tosse, falta de ar, aumento de doenças respiratórias, inflamação, diminuição da função pulmonar, aumento da admissão hospitalar e mortalidade, principalmente, em pacientes com doenças cardiovasculares e/ou pulmonares, piora dos ataques de asma em asmáticos, aumento de casos de câncer, entre outros.
Crianças, idosos, gestantes e pessoas com doenças pulmonares ou cardíacas são considerados os grupos mais vulneráveis às complicações causadas pela fumaça.
As pessoas que moram próximo às áreas de queimadas são as mais suscetíveis a sofrerem com as consequências para a saúde. Entretanto, a fumaça pode viajar milhares de quilômetros e atingir outras cidades, estados e até países.
Leia mais: Qualidade do ar em Manaus retorna ao nível “péssimo” com fumaça de queimadas nesta quinta (16/11)
- Por July Barbosa
- Revisão textual: Vanessa Santos
- Foto: Rede social