quinta-feira, novembro 21, 2024

Em Gramado, dezenas de famílias precisam evacuar área com risco de deslizamento

A prefeitura realiza o balanço de estragos e avalia com secretários das pastas municipais, além dos órgãos de segurança pública, para definir ações preventivas a desastres que podem ocorrer devido ao grande volume de chuvas dos últimos dias

As fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul, no último final de semana, causaram estragos também na cidade de Gramado, na região das Hortênsias. A prefeitura realiza o balanço de estragos e avalia com secretários das pastas municipais, além dos órgãos de segurança pública, para definir ações preventivas a desastres que podem ocorrer devido ao grande volume de chuvas dos últimos dias.

Entre as principais ações, está a evacuação do bairro Três Pinheiros devido ao risco de queda de barreira, uma vez que parte do solo da localidade está cedendo e ainda há rachaduras na rua Ladeira. Além disso, as famílias que não têm para onde ir estão sendo abrigadas no ginásio do bairro Jardim. A Brigada Militar deslocou parte do efetivo para o bairro, a fim de garantir a segurança de todas as residências.

O principal pedido da administração municipal é que as famílias colaborem com a evacuação do bairro, garantindo a segurança de todos. Também serão realizadas contratações emergenciais para auxiliar a equipe da Defesa Civil e demais secretarias nas demandas da comunidade.

Conforme o prefeito Nestor Tissot, o bairro Três Pinheiros é um dos locais mais preocupantes da cidade, pois fica localizado abaixo da montanha do Lago Negro. “Temos aqui o anel viário que está acima do bairro, está entre a montanha e o bairro Três Pinheiros e logo abaixo o bairro Três Pinheiros, então nós evacuamos ontem, domingo, toda a população aqui do bairro, houve uma compreensão de 100% das famílias, por uma questão de prevenção, de precaução, mas a nossa preocupação é que essa montanha está trabalhando ainda, está se movimentando. Desde sexta-feira para cá, ela se movimentou, mesmo não chovendo. Existem muitas vertentes naturais nesse local e elas aumentaram sua vazão. Elas estão encontrando caminhos debaixo da terra para sair e isso está movimentando o solo. Temos algumas casas e um prédio que foi já condenado, estão prestes a cair naturalmente. Estamos aqui tirando os eucaliptos pesados que estão aqui perto da rodovia, para evitar alguma possibilidade de mais deslizamentos”.

As avaliações, conforme Tissot, foram realizadas pelas equipes da Defesa Civil e de Geologia. Outros três pontos também estão críticos, sendo loteamento, e conforme o prefeito, o decreto de emergência dá agilidade para avaliar todos os estragos ou locais comprometidos, além da contratação de profissionais que possam dar o aval certeiro de danos. “O decreto nos dá uma amplitude boa para a gente poder trabalhar rapidamente, porque aqui não tem que deixar para amanhã, tem que ser tudo hoje”.

Os locais afetados são também no bairro Piratini, onde teve excedência do solo.  As aulas da rede municipal estão suspensas nesta segunda-feira. Outro problema que afetou a comunidade gramadense é a falta do abastecimento de água no final de semana. Empresários e proprietários de restaurantes e atrativos turísticos estão com problemas de atendimento ao público pelo desabastecimento. Houve o fechamento dos banheiros públicos em Gramado, na avenida Borges de Medeiros, por falta de água.

Ainda no sábado, a Corsan havia informado a interrupção do abastecimento de água em todos os bairros de Gramado em decorrência de rompimento de adutora.

Leia mais: Chuvas fortes e tornado deixam vítimas e desabrigados em diversos estados do país


  • Por July Barbosa com informações G1
  • Revisão textual: Vanessa Santos
  • Foto: Divulgação

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