O ex-prefeito interino de Maués e presidente da Câmara Municipal, Miguel Gonçalves, sofreu um revés no Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM). Após uma denúncia do Ministério Público do Amazonas (MP-AM), o ex-prefeito se tornou inelegível por oito anos por atos de improbidade administrativa, além do pagamento de uma multa milionária.
Informações de bastidores apontam que Gonçalves tenta viabilizar uma possível candidatura da filha, a ex-vereadora de Maués Macelly Veras, para a Prefeitura de Maués, seja como cabeça da chapa ou como vice, faltando menos de um ano para a realização das eleições municipais.
A decisão do TJAM também faz parte de uma condenação de Gonçalves no Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM). O Poder Judiciário do Amazonas acatou o processo integralmente, o que culminou na inelegibilidade do ex-prefeito interino de Maués.
O processo de número 0000918-86.2017.8.04.5800, vinculado à 1ª Vara de Maués, dá ainda outras sanções ao pai da ex-vereadora, como condenar o réu à sanção de proibição, pelo prazo de cinco anos, de contratar com o Poder Público.
O processo pode ser acessado através do site do Tribunal de Justiça do Amazonas e, em apuração, O Convergente constatou a veracidade da investigação, que foi registrada inicialmente em outubro de 2017 e, anos depois, a leitura do mandado foi realizada somente em março de 2022, sendo a decisão interlocutória tomada em junho deste ano, com a última movimentação sendo há um mês.
Em relação à multa aplicada pelo TCE-AM, inicialmente essa foi superior a R$ 400 mil, porém agora os valores foram atualizados e beiram a R$ 1 milhão.
O Convergente entrou em contato com o ex-prefeito interino, para que ele pudesse esclarecer sobre a condenação do TJAM, mas não obteve retorno. A equipe também fez contato com a ex-vereadora para pedir esclarecimentos e aguarda retorno. O espaço segue aberto para justificativas.
*Com informações do O Convergente
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