Após semanas de negociações, Israel aprovou um acordo com o Hamas, nesta terça-feira, 21, pela libertação de reféns detidos na Faixa de Gaza. A proximidade de um acordo já estava sendo cogitada por mediadores envolvidos na negociação.
Segundo informações do jornal israelense Haaretz, o acordo prevê a liberação de palestinos mantidos pelos israelenses em suas prisões e, em contrapartida, a libertação de reféns tomados pelo Hamas. A expectativa é que o cessar-fogo dure cinco dias.
Israel e Hamas fecharam um acordo, na noite desta terça, para a liberação de 50 reféns, entre eles mulheres e crianças israelenses, em troca de 150 mulheres e crianças palestinas presas em Israel.
Antes do anúncio do acordo, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, já tinha declarado que aceitar um acordo é “uma decisão complicada, mas uma decisão correta”.
Já o Partido Sionista Religioso, de extrema-direita e com representação no governo de Netanyahu, afirmou que o acordo “é ruim para a segurança dos israelenses, é ruim para os reféns, é ruim para os soldados”.
O ataque executado pelo Hamas em 7 de outubro deixou cerca de 1.200 israelenses mortos e 240 pessoas foram levadas como reféns. Desde então, Israel bombardeia a Faixa de Gaza – esses ataques já mataram mais de 14.000 no enclave, segundo o Ministério da Saúde Local.
As Forças de Defesa de Israel disseram que a guerra contra o Hamas irá continuar após a trégua de cinco dias definida em acordo com o grupo. Em nota, enviada a agência France Press na noite desta terça-feira (21/11), o exército israelense disse que o conflito não será encerrado até que todos os reféns sejam liberados e o Hamas eliminado.
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- Por Redação Convergente
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