sábado, outubro 5, 2024

“Jogo do Tigrinho”: entenda mais sobre o jogo de azar que já levou influenciadores à prisão

Conforme as investigações, eles são contratados para aliciar pessoas a apostar no jogo de azar, prática considerada ilegal no Brasil

O “Jogo do Tigrinho”, cassino on-line do tipo caça-níquel, é investigado pela polícia. Nas redes sociais, influenciadores são peças-chave na divulgação do esquema ilegal de apostas, que já causou prejuízos a usuários.

Conforme as investigações, eles são contratados para aliciar pessoas a apostar no jogo de azar, prática considerada ilegal no Brasil. A polícia suspeita de ligação do game com esquema de pirâmide financeira, no qual pessoas são recrutadas para participar com promessa de retornos elevados, mas poucas, de fato, recebem grandes pagamentos.

Em um dos vídeos, os influenciadores se gabam do retorno rápido. “Olha aí, minha rapaziada. Ex-motoboy comprando carro de R$ 1 milhão”, diz o influenciador Du Campelo, em vídeo publicado nas redes sociais.

Ao lado de Du Campelo, os influenciadores Gabriel, Ezequiel e Ricardo publicaram diversas propagandas sobre o jogo e como estavam “zerando o game”. Em diversos vídeos, o grupo ostentava carros importados e uma vida de luxo.

No entanto, esse enriquecimento quase do dia para noite chamou a atenção da polícia paranaense. “Eles eram motoboys, pessoas comuns e, num curto espaço de tempo, apareceram com diversos carros importados, viagens internacionais”, conta ao programa Fantástico o delegado da Polícia Civil do Paraná, Thiago Dantas.

Ainda, de acordo com o Fantástico, o quarteto ganhava entre 5 mil e 15 mil por campanha de sete dias de divulgação da plataforma. O número de seguidores dos influenciadores, somados, chegam a 1 milhão.

Nos perfis na internet, eles trocavam dicas sobre como jogar. Além de criar promoções e rifas eletrônicas na tentativa de atrair mais participantes. Isso porque, segundo a polícia, o grupo recebia entre R$ 10 e R$ 30 por cada novo cadastro nas plataformas.

Influenciadores são presos no PR e MA

Em 19 de novembro, Du Campelo, Gabriel e Ricardo foram presos em Curitiba, no Paraná. Já Ezequiel não foi encontrado. A polícia apreendeu com eles carros de luxo, armas e dólares em espécie. Estima-se que o grupo movimentou R$ 12 milhões em seis meses.


  • Com informações G1
  • Revisão textual: Vanessa Santos
  • Ilustração: Marcus Reis

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