O Rio Negro está cinco metros abaixo do esperado, de acordo com o Serviço Geológico do Brasil (SGB). Nesta quinta-feira (7), o nível das águas marcou 14,97 metros, segundo o Porto da capital.
Neste ano, o Rio Negro viveu a pior seca em mais de 120 anos de medição. O problema isolou comunidades rurais, fechou escolas e mudou a paisagem da cidade, que vive às margens do rio.
Foram mais de 130 dias de vazante e, segundo o SGB, o rio começou o processo de cheia no final de novembro. Mas, apesar de as águas voltarem a subir gradativamente na capital, o ritmo ainda é lento.
“A cota média esperada para esta época do ano é algo em torno de 19 metros. A faixa de maior permanência para este período do ano varia entre 17 e 20,5 metros. A cota de hoje ainda não está nem em 15 metros”, disse o pesquisador em geociências André Santos.
O pesquisador também alertou que apesar do fim da vazante histórica, ainda não é possível prever quando o nível do rio alcançará cotas dentro do esperado:
“A diferença que existe hoje entre a cota atual e o que normalmente se espera para época está na ordem de 5 metros, baseado na média dos dados da série histórica. Se pegarmos como referência o limite inferior da faixa de maior permanência dos dados, essa diferença cai para aproximadamente 2,5 metros, ainda sim um valor alto para o sistema hídrico recuperar”, finalizou.
- Da Redação
- Revisão textual: Vanessa Santos
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