domingo, julho 7, 2024

Operação Hinsberg: traficante cita empresa de fisiculturista em esquema de desvio de produtos químicos

Em 2016, um condenado por tráfico de drogas revelou, em depoimento, que buscava os produtos usados na produção de drogas na Anidrol

A empresa química Anidrol, que tem o influenciador fitness Renato Cariani, 47, como um de seus sócios, foi citada por um homem condenado por tráfico de drogas. Em depoimento, o criminoso, que foi encontrado com produtos da empresa, afirmou que recebia o material da própria Anidrol, segundo revelado pela Polícia Federal.

A Anidrol e Cariani, além de outras 12 pessoas, foram alvos da Operação Hinsberg da PF, executada na última terça-feira, 12. Na ocasião, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em endereços de São Paulo, Paraná e Minas Gerais. Entre os endereços investigados, estão a sede da Anidrol, em Diadema (SP), e a mansão do influenciador, sócio da empresa desde 2008.

Segundo a PF, Cariani usava o nome de farmacêuticas para mascarar um esquema de desvio de produtos químicos para a produção de drogas. Um levantamento feito pelas investigações apontou uma estimativa dos repasses para o crime, realizado como transações legais em nome de grandes indústrias, revelou neste domingo, 17, o Fantástico.

A Anidrol já tinha estado sob a mira da Receita Federal, em 2015, após supostas transações com a multinacional AstraZeneca. A empresa alegou, porém, que tais produtos químicos jamais ingressaram em suas dependências e que não adquire as substâncias de fornecedores nacionais.

Em 2016, um condenado por tráfico de drogas revelou, em depoimento, que buscava os produtos usados na produção de drogas na Anidrol.

Cariani apresentou à Polícia Civil, no caso das notas falsas, uma troca de e-mails com um suposto representante da farmacêutica: Augusto Guerra, que assinava como diretor nacional de compras da empresa. O inquérito nunca chegou a apontar quem seria Augusto e o caso foi arquivado em 2023.

O suposto diretor da AstraZeneca foi apontado pela PF como nome fictício usado por Fábio Spinola, proprietário de uma loja de estética automotiva em Diadema. Segundo as investigações, foi Fábio quem criou o e-mail falso sob a alcunha de Augusto Guerra. No celular dele, foram encontrados os dados referentes ao endereço eletrônico usado nas comunicações com a empresa.

Em maio de 2023, Spinola foi alvo da Operação Downfall, que desarticulou um esquema de carregamento de drogas em cascos de navios, com destino à Europa, com a ajuda de mergulhadores. Solto em novembro, ele foi encontrado com tornozeleira eletrônica e com R$ 100 mil em dinheiro em sua casa na operação desta semana.

Leia mais: Influenciador fitness Renato Cariani é alvo de operação da PF contra tráfico de drogas


  • Por July Barbosa com informações G1
  • Revisão textual: Vanessa Santos
  • Ilustração: Marcus Reis

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