A Controladoria Geral da União realizou uma auditoria e indicou alguns erros no processo de venda de uma das antigas refinarias da Petrobras. Trata-se da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), vendida em 2021, durante a pandemia de Covid-19, por US$ 1,65 bilhão. A negociação ocorreu ainda na gestão do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL).
O processo de venda da RLAM feito pela Petrobras ocorreu durante o Projeto Phil. Nesse projeto, o governo Bolsonaro planejava vender oito refinarias atingindo 50% da capacidade de refino do Brasil. A negociação se deu no contexto de um Termo de Compromisso de Cessação de Prática entre a estatal e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que fazia com que a Petrobras reduzisse sua atuação no setor.
No documento, a Controladoria entende que a Petrobras poderia ter esperado para a conclusão da venda da refinaria. Um dos argumentos que sustenta essa conclusão é o de que a própria Petrobras chegou a pedir ao Cade mais prazo para concluir a venda de outras seis refinarias.
As conclusões do relatório da CGU reacendem novamente as suspeitas sobre o recebimento de joias árabes pelo clã-Bolsonaro em troca de vantagens na negociação das refinarias brasileiras. A ligação já havia sido feita pelos petroleiros ainda em 2023, no auge dos escândalos que envolveram o ex-presidente e a ex-primeira dama, Michele Bolsonaro.
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