quinta-feira, novembro 21, 2024

Lugares onde o machismo encontra voz!

A articulista do Manaós Katherine Benevides faz uma análise sobre o machismo no reality BBB24

O ano é novo, mas a história é uma velha conhecida nossa e se repete, de novo, de novo, de novo…E a nossa eterna luta eclode de forma mais intensa, não só pela morte brutal da artista circense venezuelana Julieta Hernández, mas também pelo machismo “de novo” sendo escancarado diariamente e com certa naturalidade nas telas da TV pelo BBB, como se não bastasse o vivenciarmos diariamente em ambientes corporativistas, nos lares, nas ruas, até em  locais de diversão através das inúmeras violências perpetradas contra as mulheres em nossa sociedade, sejam elas visíveis ou silenciosas.

O dicionário Aurélio conceitua machismo como  a “ideologia segundo a qual o homem domina socialmente a mulher”, em contrapartida, podemos definir feminismo como a luta pela igualdade de direitos, e não está explícito, nem subtendido que é a busca pela supremacia feminina, como alguns apontam como forma de desqualificar o movimento feminista. 

Voltemos ao BBB 24 e as falas machistas que invadiram as redes sociais onde o corpo de uma participante é avaliado de forma pejorativa, pelo “macho” que ancorado no machismo se sente livre para emitir qualquer comentário e qualquer mesmo, já que por um contexto da sociedade machista ele se acha nesse direito, sem qualquer filtro, ética, empatia, respeito e por vai.

Nossa grande luta é pela nossa liberdade de escolhas, e não sermos estereotipadas ou objetivadas, abusadas ou assassinadas, porque são esses comentários supostamente “inocentes”, camuflados de mera opinião, que perpetuam e fortalecem o machismo através dos tempos e dão sustentação as inúmeras violências contra as mulheres. 

No mês do janeiro branco dedicado a falar de saúde mental, é importante reforçar que o machismo pode desencadear problemas emocionais, cognitivos e comportamentais causados pela opressão e violências sofrida por mulheres e meninas, podendo chegar ao ápice do suicídio. Dentre eles podemos pontuar a baixa autoestima, crises de ansiedade, estresse pós-traumáticodepressão, crise de pânico e outros transtornos psicológicos, abuso de álcool e outras drogas, que fragilizam ainda mais a mulher, minando suas possiblidades de saída do meio opressor. 

Precisamos falar sobre a violência psicológica, que faz vítimas todos os dias e, infelizmente, grande parte das mulheres vítimas desse tipo de violência demoram anos para perceber que está dentro de um relacionamento abusivo, porque aprenderam, ouviram, viram ou vivenciaram como “normal”, algo inocente e ainda justificam acreditando que isso faz parte da personalidade do abusador.

Precisamos ficar atentos, homem ou mulher, para não sermos mais um a perpetuar essas práticas machistas, que minam direitos como igualdade e liberdade, inerentes a qualquer ser humano. 

Leia mais: Amazonense Isabelle Nogueira é vítima de xenofobia e preconceito linguístico no BBB24

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