Às vésperas de Paris 2024, sindicatos entram em greve e fecham Torre Eiffel por tempo indeterminado

Turistas foram surpreendidos por uma greve por tempo indeterminado com o fechamento da Torre Eiffel, nessa segunda-feira (19). Os sindicatos alegam que estão “preocupados” e acusam a prefeitura de impor um modelo econômico insustentável. A greve ocorre meses antes de Paris receber os Jogos Olímpicos de 2024.

O fechamento foi decidido pelos dois sindicatos de funcionários da atração turística francesa, CGT e FO. O objetivo da greve é “denunciar a atual administração, que está levando a empresa que administra o monumento diretamente às piores dificuldades”.

Ambos os sindicatos têm como alvo a Prefeitura de Paris e acionista ultra-majoritário da empresa. Segundo eles, ambos estão impondo um modelo “insustentável” à gestão do monumento.

A alegação dos sindicatos diz respeito a um equilíbrio entre receitas e despesas que foi seriamente prejudicado pela crise da Covid-19, que levou a um déficit de cerca de 120 milhões de euros em 2020 e 2021.

Além disso, os sindicatos expressaram “preocupação” com a quantidade de reformas realizadas nos últimos anos na Torre Eiffel, que “aumentaram em 128 milhões de euros desde 2019”.

De acordo com eles, mesmo com os investimentos, “são visíveis numerosos pontos de corrosão, sintomas de uma deterioração preocupante do monumento de 135 anos”.

A torre foi inaugurada em 1889 para a Exposição Universal de Paris, e rapidamente se tornou um símbolo da capital e da França. Em 2023, o ponto turístico recebeu 6,3 milhões de visitantes, mais do que em 2019, antes da pandemia de Covid.

*Com informações do UOL

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