A Justiça espanhola acatou, nesta quarta-feira (20) o pedido de liberdade provisória para o ex-jogador Daniel Alves, condenado em 22 de fevereiro deste ano, a cumprir 4 anos e 6 meses de pena por agressão sexual. O brasileiro foi preso por estuprar uma mulher em um banheiro de uma balada em Barcelona, na Espanha, na véspera da virada do ano passado.
A defesa do réu usou ao seu favor, a alegação de que Daniel já teria cumprido um quarto da pena estipulada, uma vez que, ele foi preso por medida preventiva logo após prestar o seu primeiro depoimento sobre o ocorrido, meio utilizado pela Justiça da Espanha para evitar uma possível fuga do suspeito para outro país. Como exemplo do também ex-jogador Robinho, outro condenado por estupro, desta vez, na Itália, que encontrou como maneira de fugir das autoridades, o refúgio no Brasil.
Em audiência realizada na terça-feira, (19), Daniel, que participou de maneira remota, teria prometido aos Magistrados de que não fugiria da Espanha. A defesa, comandada pela advogada Inês Guardiola, pediu primeiramente, o pagamento de multa de 50 mil euros, opção já apresentada, mas que não foi acatada pela Justiça. A defesa da vítima e promotoria do caso ressaltaram o risco eminente de fuga do réu e solicitaram que a reclusão seja mantida.
Um dos três juízes, votou contra conceder a liberdade ao réu condenado, justificando que o mesmo teria condições financeiras para fugir do país, acontecimento que seria facilitado pela condição de regime. A defesa, por sua vez, alegou que Daniel Alves possui domicílio em Barcelona, e que irá permanecer em território espanhol.
De acordo com o La Vanguardia, Alves depositaria o valor confirmando que não iria escapar. O Jogador, já teria feito depósitos de valores antes do julgamento, o que ajudou a diminuir sua pena. Montante que, inclusive foi emprestado pela família de Neymar.
De acordo com a imprensa espanhola, o Tribunal impôs diversas medidas e condições para estabelecer a decisão do Magistrado. Caso realize o pagamento da fiança, de 1 milhão e meio de euros – avaliada em aproximadamente 5,4 milhões de reais – e consiga a liberdade provisória, serão mantidas as determinações a respeito da aproximação, seja ela pessoalmente ou através da internet ou ligações, entre Daniel Alves e a vítima, assim como a manutenção da distância da residência e trabalho da denunciante. A Justiça também irá reter os dois passaportes do réu e o mesmo deve apresentar-se semanalmente ás autoridades.
Com informações do ‘EL País’ e ‘La Vanguardia’
Ilustração: Marcus Reis
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