O Grupo de Trabalho (GT) interinstitucional de monitoramento no Amazonas divulgou, na terça-feira (30), o informe epidemiológico de esporotricose humana e animal, uma infecção subcutânea causada por fungos do gênero Sporothrix.
O informe é dividido em dados de esporotricose humana, notificados à SES, por meio da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP); e esporotricose animal de Manaus, notificados à Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) da capital.
Esporotricose humana
No Amazonas, de janeiro até o dia 30 de abril, foram notificados 465 casos de esporotricose humana, sendo 336 confirmados e 83 em investigação. Não há óbitos relacionados à doença. Os casos confirmados correspondem a pessoas residentes em Manaus (331), Presidente Figueiredo (3), Barcelos (1) e Careiro (1).
Esporotricose animal
Em Manaus, de janeiro a abril, foram notificados 501 casos de esporotricose animal, sendo 319 confirmados e 195 em tratamento. Foram registradas 122 eutanásias/óbitos. A maior quantidade de animais é gatos (96,2%), seguidos de cães (3,8%). Os animais envolvidos são, em maioria (70,1%), machos.
GT Esporotricose
Além da FVS-RCP, fazem parte do GT as seguintes instituições: Fundação de Medicina Tropical – Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD), Fundação Hospitalar de Dermatologia Tropical e Venereologia “Alfredo da Matta” (Fuham), Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado do Amazonas (CRMV-AM) e a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) de Manaus.
A esporotricose é uma infecção por fungos do gênero Sporothrix, que vive naturalmente no solo, em cascas de árvores e na vegetação em decomposição, podendo infectar humanos, gatos, cães e outros mamíferos.
A transmissão para humanos ocorre pela implantação do fungo na pele ou mucosa, por meio de contato com espinhos, palha ou lascas de madeira que estiveram em contato com vegetais em decomposição contaminados pelo fungo. Em caso de suspeita de esporotricose humana, procurar uma unidade de saúde.
Os animais podem transmitir a doença para humanos e outros animais por meio de arranhadura, mordedura ou lambedura e pelo contato com secreções respiratórias e lesões na pele e mucosas. Em caso de suspeita de esporotricose animal, a orientação é levar o animal ao veterinário, com urgência.
O documento está disponível no site da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), da Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES).
Fonte: Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP)
Foto: Jaqueline Macedo/FVS-RCP
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