A maquiadora e funcionária do salão Belle Femme, Claudielene Santos da Silva, 34, onde a ex-sinhazinha do Boi Garantido Djidja Cardoso era sócia-proprietária, se entregou espontaneamente no fim da tarde desta quinta-feira (30) na sede do 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP), após ter a prisão preventiva decretada pela justiça, pelo caso Djidja.
Além da profissional de beleza, os empresários Ademar Farias Cardoso Neto, 29, e Cleusimar Cardoso Rodrigues, 53, irmão e mãe da ex-sinhazinha, e a gerente do salão Verônica da Costa Seixas, 31, tiveram os mandados expedidos na quarta-feira (29) pelo Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM). Os mandados foram cumpridos pelo delegado Cícero Túlio, titular do 1º DIP, na casa onde a família morava no bairro Cidade Nova, zona Norte de Manaus.
Já o cabeleireiro e maquiador Marlisson Vasconcelos Dantas, 29, que também teve o mandado de prisão, está foragido, de acordo com o delegado. Segundo a Polícia Civil do Amazonas, os suspeitos são envolvidos na morte da empresária e ex-sinhazinha do boi vermelho e branco, Djidja Cardoso, 32 anos, encontrada morta na própria casa, localizada no bairro Parque 10, em Manaus, na manhã desta terça-feira (28). A causa da morte não foi divulgada.
De acordo com a investigação da PC, há indícios, supostamente, de tráfico de drogas e associação para o tráfico por parte de Claudiele, que seria fornecedora de entorpecentes para a ex-sinhazinha.
Durante os procedimentos de inquérito na delegacia, Kevin Telles, advogado de defesa da maquiadora, contou ao Portal A Crítica que a cliente alega ser inocente das acusações e que soube que seria presa pelas redes sociais.
“Claudiele Santos se entregou espontaneamente aqui no 1º DIP, após ser informada das acusações pelas redes sociais. Ela estava receosa de comparecer sem a assistência de um advogado, por isso, primeiramente, me procurou para acompanhar sua apresentação voluntária às autoridades”, disse Kevin Telles.
Já a advogada Lidiane Roque, que acompanha Ademar Cardoso, Cleusimar Cardoso e Verônica da Costa, informou que pretende seguir a linha de ‘incapacidade mental’ na defesa de seus clientes, por conta da falta de condição de depoimento, e ainda alegou que os mesmos eram usuários de drogas.
“Eles não têm condições de prestar depoimento hoje. Amanhã, eles terão que comparecer à Audiência de Custódia’, declarou Roque. Questionada sobre a linha de atuação da defesa, ela respondeu: ‘Incapacidade mental. Eles são usuários de drogas”, disse a advogada na delegacia.
O Convergente entrou em contato por telefone e por aplicativo de mensagens instantâneas com os advogados de defesa dos suspeitos no caso Djidja, para perguntar sobre a investigação policial, os apontamentos informados na delegacia durante a prisão dos clientes e quais procedimentos serão realizados no decorrer do inquérito.
Kevin Telles, advogado da maquiadora, disse por meio de nota que os crimes elencados na decisão que resultou na prisão preventiva dos envolvidos, inclusive da minha cliente Claudiele, não foram imputados de forma pessoal a cada um, estando de forma genérica. Ou seja, ainda não se tem ciência especificamente dos crimes imputados a ela, e nem a defesa teve acesso ainda aos autos do inquérito.
No entanto, até o momento do fechamento desta reportagem, ainda não tivemos retorno da defesa da família Cardoso e da gerente do salão. Abrimos espaço para nota de esclarecimento.
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