O Grupo de Trabalho (GT) interinstitucional de monitoramento de esporotricose no Amazonas divulgou, na última sexta-feira (31), o informe epidemiológico mensal de esporotricose humana e animal, uma infecção subcutânea causada por fungos do gênero Sporothrix.
O informe é dividido em dados de contaminação humana e animal, notificados à SES-AM, por meio da FVS-RCP.
Esporotricose humana
No Amazonas, de janeiro até o dia 28 de maio, foram notificados 629 casos de esporotricose humana, sendo 428 confirmados e 134 em investigação. Não há óbitos relacionados à doença. Os casos confirmados correspondem a pessoas residentes em Manaus (420), Presidente Figueiredo (4), Barcelos (2), Urucurituba (1) e Careiro (1).
Esporotricose animal
No Amazonas, de janeiro a 28 de maio, foram notificados 963 casos de esporotricose animal, sendo 704 confirmados e 418 em tratamento. Foram registradas 282 eutanásias/óbitos. A maior quantidade de animais é gatos (97,3%), seguidos de cães (2,7%). Os animais envolvidos são, em maioria (66,1%), machos.
GT Esporotricose
Além da FVS-RCP, fazem parte do GT as seguintes instituições: Fundação de Medicina Tropical – Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD), Fundação Hospitalar de Dermatologia Tropical e Venereologia “Alfredo da Matta” (Fuham), Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado do Amazonas (CRMV-AM) e a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) de Manaus.
Sobre a esporotricose
A esporotricose é uma infecção por fungos do gênero Sporothrix, que vive naturalmente no solo, em cascas de árvores e na vegetação em decomposição, podendo infectar humanos, gatos, cães e outros mamíferos.
A transmissão para humanos ocorre pela implantação do fungo na pele ou mucosa, por meio de contato com espinhos, palha ou lascas de madeira que estiveram em contato com vegetais em decomposição contaminados pelo fungo. Em caso de suspeita de infecção humana, procurar uma unidade de saúde.
Os animais podem transmitir a doença para humanos e outros animais por meio de arranhadura, mordedura ou lambedura e pelo contato com secreções respiratórias e lesões na pele e mucosas. Em caso de suspeita de esporotricose animal, a orientação é levar o animal ao veterinário, com urgência.
Fonte: Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP)
Foto: Girlene Medeiros/FVS-RCP
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