segunda-feira, julho 1, 2024

Caso Djidja: Polícia nega investigação da morte de avó; Defesa pede avaliação psiquiátrica de mãe e filho

Últimas atualizações sobre o Caso Djidja também contam com depoimento de ex-namorado e soltura de maquiadora da família

A Polícia Civil do Amazonas realizou uma coletiva de imprensa, nesta sexta-feira (7), para esclarecer e atualizar sobre o Caso Djidja, que ganhou repercussão nacional nos últimos dias e está sob investigação. Djidja Cardoso, ex-sinhazinha do Boi Garantido foi encontrada morta na última semana, em Manaus.

A coletiva foi realizada um dia após o primo da ex-sinhazinha, Paloam Cardoso, prestar depoimentos à polícia depois de ter um áudio vazado. No conteúdo, ele acusava a família de Djidja – a mãe Cleusimar Cardoso e o irmão Ademar Cardoso – de terem aplicado substâncias na matriarca da família, Maria Venina Cardoso, que faleceu em junho do ano passado.

“Me parece que vai haver uma investigação. A gente sabe, mas não tem noção do que era. Estamos abismados”, disse à imprensa na saída da delegacia.

Após as falas do médico, o delegado adjunto da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), Danniel Antony, afirmou que não está sendo conduzida uma investigação pela delegacia sobre a morte da avó.

“É uma circunstância que ocorreu longe de Manaus. Não chegou nenhuma situação peculiar que indique que a gente deva instaurar algum procedimento em relação a ela, não nesse momento. Eu não tenho detalhes a respeito do que aconteceu ou deixou de acontecer”, disse o delegado.

As autoridades ainda pontuaram que áudios vazados na internet, por exemplo, não devem ser colocados como base para iniciar uma investigação. Com relação ao laudo que apontará a causa definitiva da morte de Djidja Cardoso, a polícia informou que continua em investigação.

Maquiadora é solta

A maquiadora Claudiele Santos da Silva, que trabalhava no salão de beleza da família Cardoso, ganhou direito a cumprir a prisão em domicílio. Como justificativa, a defesa apresentou que a mesma tem uma filha de 2 anos, que requer cuidados maternos de maneira integral.

Em coletiva de imprensa, ela afirmou que a relação com os membros da família Cardoso era apenas profissional. “A Djidja Cardoso e Cleusimar eram minhas patroas. Eu trabalhava dentro do salão de beleza e eu só ia à empresa e à casa deles para atender eles como cabeleireira e maquiadora”, disse à imprensa ao deixar a prisão.

A profissional ainda negou que integrava a seita e que não fazia uso de cetamina. Ela ainda afirmou que não existiam drogas dentro do salão de beleza. A defesa de Claudiele afirmou que a maquiadora vai passar a ser monitorada por tornozeleira eletrônica e deve cumprir a prisão domiciliar até o fim do inquérito policial.

Avaliação psiquiátrica

De acordo com o jornal O Globo, a defesa da família Cardoso teria contratado um psiquiatra, o qual seria Hewdy Lobo Ribeiro, o mesmo responsável pelos laudos de Adélio Bispo, autor da facada no ex-presidente Jair Bolsonaro, para ex-deputada federal Flordelis, condenada pelo assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo, e também para o caso Suzane von Richthofen.

Segundo a defesa, Cleusimar e Ademar são dependentes químicos, estão doentes, e por isso não podem responder presos pelos crimes pelos quais foram indiciados – tráfico de drogas, associação para o tráfico de drogas, por colocar em risco a saúde ou a vida de terceiros, falsificação, corrupção, adulteração de produtos destinados a fins terapêuticos e medicinais, aborto induzido sem o consentimento da gestante, estupro de vulnerável, charlatanismo, curandeirismo, sequestro, cárcere privado e constrangimento ilegal.

A defesa ainda alega que solicitou à polícia a realização de um exame em seus clientes, mas que não foi aceito. De acordo com os advogados, Cleusimar e Ademar estariam descolados em relação ao tempo por conta do uso contínuo de drogas.

A defesa ainda informou ao jornal O Globo que entrará com uma notícia crime para que seja aberto um inquérito para apurar quem vazou as fotos e vídeos que circulam nas redes sociais, em que mãe e filhos estão usando drogas dentro de casa.

Carro de Djidja

Uma semana após a morte de Djidja Cardoso, o carro dela foi encontrado pelas autoridades em estado de abandono. Imagens de câmeras de segurança mostram dois homens abandonando o veículo, em Manaus, sendo um deles o ex-namorado da sinhazinha, Bruno Roberto.

À imprensa, a defesa de Bruno Roberto afirmou que o rapaz estava indo para o velório de Djidja, quando o veículo deu prego, por isso, ele precisou abandonar o automóvel. O carro foi deixado em uma avenida no bairro Praça 14, zona Sul de Manaus, um dia após o falecimento da ex-sinhazinha.

Não há informações sobre quem fez a denúncia que levou os investigadores a encontrar o automóvel.

Em depoimento à polícia, o personal trainer contou que teria se afastado da ex-sinhazinha e do grupo religioso criado pela família dela após ser advertido por um médico sobre os riscos do uso da cetamina.

Leia mais: Caso Djidja: Laudo preliminar de ex-sinhazinha aponta depressão respiratória e cardíaca; Defesa de família nega seita

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