Na última segunda-feira (24), um requerimento foi apresentado solicitando a presença do secretário Sabá Reis na Câmara Municipal de Manaus (CMM) para prestar esclarecimentos sobre a contratação milionária de um crematório de animais. O vereador Eduardo Alfaia (Avante), ao pedir que a base do prefeito derrubasse o requerimento, justificou que o secretário ‘acorda muito cedo’ e não deveria ser afastado de suas atividades para comparecer à CMM.
Conforme noticiou O Convergente, os vereadores discutiram a convocação do secretário municipal Sabá Reis para esclarecer o contrato de mais de R$ 15,5 milhões destinado ao crematório de animais na cidade. Durante as discussões, os parlamentares enfatizaram a importância de tornar o processo transparente e destacaram as prioridades da atual gestão municipal.
Na semana passada, a Prefeitura de Manaus autorizou a contratação de uma empresa para serviços de cremação de animais. O edital foi formulado com requisitos que limitaram a participação de outras empresas, como a exigência de que o crematório estivesse situado em Manaus e tivesse realizado no mínimo 1.500 serviços de cremação anteriormente.
Após a leitura do requerimento, o líder do prefeito na CMM, vereador Eduardo Alfaia (Avante), argumentou que o tempo do secretário municipal Sabá Reis é limitado e que ele trabalha muito. O parlamentar se prontificou a encaminhar um protocolo para sanar as dúvidas.
“Gostaria de sugerir à base que derrubássemos o requerimento porque o secretário Sabá Reis é alguém que acorda muito cedo, que trabalha bastante. Retirá-lo desse tempo para vir à Casa e tirar informações, ele se coloca à disposição para enviar, inclusive, e farei questão de enviar essas informações do requerimento diretamente no protocolo da presidência para tentar sanar alguma dúvida”, disse.
A capital amazonense não possui sequer uma unidade de saúde especializada voltada para pets. Com o montante de R$ 15.562.500,00 previsto nesta contratação, poderia ser construído um hospital veterinário em Manaus. Este valor ultrapassa em mais de quatro vezes o custo do Hospital Público Veterinário do Amazonas, orçado em R$ 3,7 milhões.
O Convergente estabeleceu um prazo para resposta, mas não obteve retorno da pasta. Nesta segunda-feira (24), O Convergente entrou em contato com a Secretaria Municipal de Limpeza Urbana (Semulsp), dirigida por Sabá Reis, para esclarecimentos sobre uma possível ida do secretário à Casa. Até a publicação desta matéria, não houve retorno. O espaço segue aberto para resposta.
*Com informações do O Convergente