sexta-feira, agosto 16, 2024

Estiagem: Rio Negro desce 35 centímetros nos primeiros dias de Julho

Nos últimos 4 dias, a descida das águas aumentou para -4 centímetros, por dia

O nível do Rio Negro atingiu a marca de 26,45 metros nesta sexta-feira (12), segundo monitoramento do volume das águas, feita pelo do Porto de Manaus. As águas tem baixado desde o dia 23 de junho. A última vez que as águas haviam descido foi em 16 novembro do ano passado.

No ano passado, O Amazonas passou por uma estiagem extrema. A condição levou a morte 209 botos no lago Tefé e em Coaraci, em razão da alta temperatura dos lagos. No dia 28 de setembro, 70 botos morreram quando a temperatura da água atingiu 39,1°C. Além de centenas de municípios do interior que foram muito afetados pela estiagem. A situação agravou-se com a chegada do El Niño. O fenômeno é caracterizado por um aquecimento acima da média nas águas do Pacífico, na região da linha do equador.

O Rio Negro aumento a quantidade de baixa de centímetros por dia. Entre os dias 4 e 7, foram registrados, em cada um deles, menos 3 centímetros nos marcadores. Nos últimos 4 dias, a descida das águas aumentou para -4 centímetros, por dia. Apenas nos primeiros dias do mês de julho, foram registrados a queda de 35 centímetros. Em Coari, a situação é mais crítica. Desde o dia 2 até a quarta, o Solimões já vazou 47 centímetros e segue em ritmo acelerado de descida.

A previsão de que, neste ano, o Amazonas tenha uma vazante pior do que a vivida pelo estado no ano passado, afetando não apenas o Rio Negro, mas também as calhas do Madeira, Juruá, Purus e Alto Solimões. Na quarta-feira (10), o governo publicou no Diário Oficial do Estado, um decreto de estado de emergência em 20 municípios, por conta da seca dos rios.

O Governo do AM precisou antecipar o envio de mais de 160 toneladas de medicamentos e insumos para municípios. Na primeira etapa do plano de contingência, foram enviados mais de 160 toneladas de medicamentos e insumos para abastecer a rede hospitalar de 24 municípios do estado. O objetivo é suprir 34 cidades das calhas do Madeira, Juruá, Purus e Alto Solimões.

 

 

 

 

 

Ilustração: Marcus Reis

Leia mais: Verão amazônico: Plataforma faz monitoramento das condições climáticas no AM

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