Faltando poucos dias para o início dos Jogos Olímpicos de Paris, os uniformes dos atletas do Brasil voltou a ser alvo de críticas. Desta vez, atleta olímpico do decatlo José Fernando Ferreira, conhecido como Balotelli, usou as redes sociais para falar sobre a escassez de uniformes de provas.
“Vocês não tem ideia do quanto foi brochante receber o material da seleção. Sempre achei que, nas Olimpíadas, receberíamos uma mala de materiais, com tênis, roupas e sapatilhas, mas parece que não é bem assim para nós”, escreveu Balotelli.
A preocupação do atleta olímpico é louvável, uma vez que o decatlo é composto por 10 provas em dois dias. No primeiro dia, são disputados 100 metros rasos, salto em distância, arremesso de peso, salto em altura e 400 metros rasos. Já no segundo, os atletas disputam 110 metros com barreiras, lançamento de disco, salto com vara, lançamento de dardo e 1.500 metros.
“Utilizo sete sapatilhas de modelos diferentes, cada uma para prova específica. Estou indo para os Jogos Olímpicos sem patrocínio de marca esportiva, ou seja, vou investir do meu dinheiro para comprar as sapatilhas, sei que vai me ajudar muito”, explicou o atleta.
Ainda de acordo com o atleta, a quantidade de roupas enviadas pela Confederação também é uma preocupação. “Assim que acabarem as provas do primeiro dia, irei voltar para a Vila (Olímpica) e lavar logo meu material, ou competir com sujo (no dia seguinte)”, lamentou.
O atleta ainda abriu uma vaquinha virtual para angariar fundos e conseguir arcar com os custos dos materiais. Até o momento, já foi arrecadado mais de R$ 22 mil.
Na publicação, o Comitê Olímpico Brasileiro respondeu o atleta, e afirmou que trajes do comitê são para desfiles, pódios e passeio dos atletas na Vila Olímpica.
Após a repercussão, a Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) emitiu uma nota e afirmou que já está solucionando as questões com os atletas. A confederação ainda afirmou que a quantidade de uniformes é definida com exigências de cada prova.
Confira a nota na íntegra:
A Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) esclarece que já está em contato e resolvendo as questões pontuais referentes aos uniformes para os Jogos Olímpicos de Paris. A CBAt e a PUMA querem os atletas focados em suas performances e, para isso, vêm dando todo o suporte necessário.
Com relação às peças, a quantidade é definida considerando as especificidades e as exigências de cada prova.
É importante destacar que o enxoval dos membros da delegação também é composto pelo material do Time Brasil, que será fornecido pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) na chegada a Paris.
Eventuais ajustes no número de peças que compõem o enxoval de competição sempre são resolvidos em contato direto com a CBAt, lembrando que os atletas têm comunicação aberta com os representantes da CBAt.
O Atletismo Brasil tem grande orgulho por ter um dos contratos mais longevos de material esportivo do movimento olímpico, uma condição ainda rara dentre as confederações de modalidades esportivas do Brasil.
Fortalecendo o nosso compromisso com as seleções brasileiras a CBAt mantém o Programa de Seleção Permanente com benefícios a um grupo de 64 atletas e 24 treinadores e também o Programa de Preparação Olímpica com o COB, colocados em prática durante todo o ciclo para os Jogos de Paris, com experiência de treinamento e competições no cenário internacional.
Em 2023, a CBAt e a PUMA vestiram 419 atletas e 80 oficiais em 13 delegações, com destaque para o Mundial de Budapeste, na Hungria. Em 2024, 239 atletas já vestiram PUMA até o momento, com destaque para o Campeonato Ibero-Americano.
O atletismo será disputado de 1 a 11 de agosto no programa olímpico, na segunda semana de competições. A maioria dos atletas, que viajam nesta semana, farão uma parada em Desmor, Portugal, antes da ida para a Vila Olímpica.
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