O jornalista, dramaturgo, editor, roteirista e romancista brasileiro, Marcio Souza, faleceu na manhã desta segunda-feira, dia 12 de agosto, aos 78 anos. Após a confirmação do falecimento, feita pelo Governo do Estado, a Academia Amazonense de Letras, da qual ele era membro, emitiu nota de pesar. Atualmente, Márcio estava lotado na Biblioteca Pública do Amazonas.
Segundo informações, Marcio teria passado mal na noite de domingo (11) e foi levado um Serviço de Pronto Atendimento (SPA), na capital amazonense. Lá, durante o início da manhã, ele teve uma crise de diabetes e uma parada respiratória, a qual não resistiu.
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O Governo do Amazonas também lamentou a morte de Marcio Souza e decretou luto oficial de três dias. Em nota, “O governador Wilson Lima se solidariza à família e amigos do escritor e ressalta a importância que Marcio Souza teve para o estado, contando a história do Amazonas e da Amazônia para o mundo com imenso e singular brilhantismo”.
“Minha solidariedade e um fraterno abraço aos familiares e amigos. Que Deus o receba com glórias e conforte os corações de todos”, também escreveu o Governador Wilson Lima, em seu perfil oficial.
Minha solidariedade e um fraterno abraço aos familiares e amigos. Que Deus o receba com glórias e conforte os corações de todos.
— Wilson Lima (@wilsonlimaAM) August 12, 2024
Ainda jovem, começou a trabalhar como crítico de cinema no jornal O Trabalhista, do qual seu pai era sócio. Em 1965 assumiu a coordenação das edições do governo do estado do Amazonas, mas, logo em seguida, deixou a cidade para estudar Ciências Sociais, de início, em Brasília, depois em São Paulo, onde ingressou Universidade de São Paulo (USP). O seu primeiro livro, uma obra de crítica cinematográfica, “O mostrador de sombras”, foi lançada em 1967.
Entre as obras mais conhecidas do autor, estão “Mad Maria”, “Galvez” e “Amazônia indígena”. “Mad Maria” foi adaptada como minissérie e exibida em rede nacional de televisão em 2005, fato que popularizou a obra do autor.
Perseguido pela ditadura militar, interrompeu os estudos em 1969 e começou a vida profissional no cinema, como crítico, roteirista e diretor. Na dramaturgia, escreveu peças como As folias do látex e Tem piranha no pirarucu. Como roteirista, foi autor, entre outros, de Rapsódia Incoerente, Prelúdio Azul, e Manaus Fantástica.
Ele ainda escreveu diversas obras inseridas no ambiente sociocultural da Amazônia, tais como “Plácido de Castro contra o Bolivian Syndicate”, “Zona Franca”, “meu amor e Silvino Santos: o cineasta do ciclo da borracha”, entre outras. Entre 1981 e 1982, publicou em folhetins, no jornal Folha de S.Paulo, o romance “A Resistível Ascensão do Boto Tucuxi”.
As informações sobre o velório e o enterro ainda serão divulgadas pela família.
Foto: Reprodução/Paiol Literal
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