quinta-feira, novembro 21, 2024

Retrato das desigualdades: Pesquisa aponta realidade das mulheres no mercado de trabalho

Segundo os dados, apenas pouco mais da metade das mulheres está no mercado de trabalho no Brasil. Queda na proteção da Previdência Social entre as mulheres negras é destacada

O Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) lançou na última quinta-feira (15), a nova versão da plataforma Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça, com dados atualizados de 2016 a 2022. Segundo os dados, pouco mais da metade das mulheres está no mercado de trabalho no Brasil, um índice ainda baixo quando comparado aos homens, que têm uma participação em torno de 75%. Entre as mulheres, 54% são brancas e 52% são negras.

Cida Gonçalves, Ministra de Estado das Mulheres, também menciona dados do relatório de transparência salarial das empresas no Brasil, destacando que os negros representam 80% dos 10% mais pobres do país, enquanto os brancos são 70% dos 10% mais ricos.

Além da menor presença em empregos remunerados, as mulheres dedicam, em média, 10 horas a mais por semana a tarefas domésticas e de cuidado não remuneradas do que os homens.

No que diz respeito à igualdade de gênero em cargos de liderança nas grandes corporações, apenas 38% dessas posições no Brasil foram ocupadas por mulheres em 2023, de acordo com uma pesquisa da FIA Business School. No nível de diretoria e C-Level, a proporção também é baixa, com apenas 28%.

Lina Nakata, professora da instituição e uma das responsáveis pelo levantamento, afirma que os resultados indicam que as empresas ainda enfrentam desafios significativos.

“As mulheres conquistaram representatividade na alta liderança, mas o movimento ainda é lento.”

Outro dado relevante é a queda na proteção da Previdência Social, que afetou todos os grupos, mas com maior impacto entre as mulheres negras. Mais de um quinto delas (21%) não consegue contribuir para a Previdência e, consequentemente, ficam sem acesso à rede de seguridade social.

 

 

 

 

 

 

Com informações do Ipea, Forbes e FIA Business School*

Foto: Reprodução / Freepik / pch.vector

Leia mais: Questionamentos sobre passado de mulheres vítimas de violência agora é inconstitucional

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