sexta-feira, novembro 22, 2024

Morre o apresentador Silvio Santos, aos 93 anos

O apresentador se consolidou como um dos ícones da Televisão Brasileira a frente do Programa Silvio Santos

Internado desde o início do mês, o empresário e apresentador que se tornou um ícone da televisão brasileira, Silvio Santos faleceu neste sábado (17). A informação foi confirmada pelas redes sociais do SBT.

O estado de saúde de Silvio vinha preocupando internautas. Ele havia sido internado no mês passado, após contrair H1N1 e foi liberado. No dia primeiro de agosto, ele foi novamente hospitalizado, dessa vez, segundo a divulgação, para realizar exames de imagem, mas teve que permanecer sob cuidados médicos.

Segundo informações, o hospital Sírio Libanês não teve autorização para divulgar boletins médicos de atualização do apresentador. A determinação faria parte de uma tentativa de “blindar” Silvio e a Família das especulações.

“Hoje o céu está alegre com a chegada do nosso amado Silvio Santos. Ele viveu 93 anos para levar felicidade e amor a todos os brasileiros. A família é muito grata ao Brasil pelos mais de 65 anos de convivência com muita alegria. Para nós, o Senor Abravanel é ainda mais especial e somos muito felizes pelo presente que Deus nos deu e por todos os momentos maravilhosos que tivemos juntos. Aquele sorriso largo e voz tão familiar será para sempre lembrada com muita gratidão. Descansa em Paz que vc sempre será eterno em nossos corações.” escreveu a emissora, em nota confirmando o falecimento.

Veja:

 

 

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Mais velho de cinco irmãos, Silvio Santos, ainda como Senor Abravanel, nasceu em 12 de dezembro de 1930, no bairro da Lapa, no Rio de Janeiro. Foi estudante de contabilidade e camelô nas ruas do Rio de Janeiro, vendia canetas e capas de plástico para títulos de eleitor nas eleições de 1946, bastidores revelam que ele se destacava entre os outros vendedores por fazer da venda, uma espécie de show à parte, contando até com truques e mágica.

Ao longo da vida, Silvio Santos se tornou um dos maiores nomes da televisão brasileira. Já como empresário, era de um tipo raro: aquele que distribuía barras de ouro, que, como ele gostava de brincar, “valem mais do que dinheiro”.

Aos 18 anos, em 1948, serviu o Exército na Escola de Paraquedistas. Aos domingos, trabalhava para uma rádio no Rio. Após sair do exército, continuou como locutor, entre outros trabalhos, como a venda de anúncios em caixa de som na barca Rio-Niterói. Em 1954, Silvio assinou o primeiro contrato fixo como locutor, na Rádio Nacional de São Paulo. Depois, foi chamado pelo empresário Manuel de Nóbrega para ser animador de seu programa na Rádio Nacional.

Ele passou por outras rádios, mas por achar que seu potencial não era bem explorado, Silvio, já na Rádio Tupi, decidiu pedir demissão, e usou a indenização para investir em um equipamento de alto-falantes na barca e passou a se apresentar como corretor de anúncios. “Foi neste momento que o espírito de camelô morreu definitivamente dentro de mim”, declarou ele a Arlindo Silva.

Quase no final da década de 1950, Nóbrega investiu na ideia do Baú da Felicidade, mas o principal sócio da iniciativa perdeu o dinheiro e deixou o negócio à beira de um prejuízo. Nóbrega pediu ajuda de Silvio para dar fim naquela empreitada, atender as reclamações dos clientes e tentar fazer com que o fim do projeto fosse o menos conturbado possível. No entanto, ao conhecer o negócio mais fundo, Silvio percebeu que poderia torná-lo rentável.

Em 1958, o jovem locutor e Nóbrega tornaram-se sócios no Baú da Felicidade, e o Grupo Silvio Santos começou a tomar forma. Três anos depois, Silvio adquiriu a participação do parceiro e virou o acionista majoritário da empresa.

Silvio ganhou outras concessões e, em 1981, entrou no ar o SBT, uma das várias empresas do seu grupo, onde o Programa Silvio Santos viraria a principal atração, com quadros inesquecíveis como “Domingo no parque”, “Qual é a música”, “Show de calouros” e “Porta da esperança”.

A capacidade de segurar o público no programa de variedades que chegou a durar mais de dez horas, o domínio da plateia e da audiência com bordões como “Vem pra cá, vem pra cá” e “Quem quer dinheiro?” atestavam o carisma do apresentador.

Silvio também fez sucesso cantando marchinhas de carnaval, como “Coração Corintiano” e “A pipa do vovô”, registradas em álbuns entre os anos 70 e 90.

Presente nos domingos dos brasileiros durante seis décadas, Silvio se consolidou como empresário e dono de um conglomerado que, além da rede de emissoras de televisão do SBT, uma empresa de capitalização, uma rede de hotéis e uma marca de cosméticos.

Silvio Santos deixa a viúva Íris Abravanel e as filhas Daniela, Patrícia, Rebeca e Renata. Também deixa as filhas Cíntia e Silvia, do primeiro casamento.

Com informações do G1 e CNN

Ilustração: Marcus Reis

Leia mais: Especulações sobre o estado de saúde de Silvio Santos ressurgem após nova internação

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