O Amazonas apresenta redução de casos de Febre do Oropouche desde o fim do mês de maio, seguida de estabilidade de casos da doença, saindo de cinco casos registrados para nenhum caso na primeira semana de agosto. Até o dia 19 de agosto, foram registrados 7.653 casos da doença em todo o Brasil.
De janeiro a 25 de julho de 2024, o Amazonas registrou 3.177 casos de Febre do Oropouche, por meio de critério laboratorial. Em resposta ao aumento dos casos e à necessidade de reforço na vigilância, o Governo do Amazonas, em parceria com a FVS-RCP, entregou, ainda em março, 20 veículos e 125 pulverizadores para apoiar o enfrentamento da febre do Oropouche e outras arboviroses, como dengue e malária, em municípios do interior do estado.
O Oropouche é uma doença causada por um arbovírus (vírus transmitido por artrópodes) do gênero Orthobunyavirus, da família Peribunyaviridae. A transmissão do Oropouche é feita principalmente pelo inseto conhecido como Culicoides paraensis (maruim). Depois de picar uma pessoa ou animal infectado, o vírus permanece no inseto por alguns dias. Quando o inseto pica uma pessoa saudável, pode transmitir o vírus.
Os sintomas são parecidos com os da dengue: dor de cabeça intensa, dor muscular, náusea e diarreia. Alguns pacientes apresentam irritação na pele espalhada pelo corpo. Devido à similaridade com outras arboviroses, principalmente dengue e chikungunya, o diagnóstico laboratorial é fundamental para o diagnóstico em conjunto com critérios clínico-epidemiológicos.
Não existe tratamento específico e os pacientes devem permanecer em repouso, com tratamento sintomático e acompanhamento médico. Em casos de sintomas suspeitos, a recomendação é procurar ajuda médica e informar sobre a exposição potencial à doença.
Para prevenção, a recomendação inclui evitar o contato com áreas de ocorrência e/ou minimizar a exposição às picadas dos vetores; usar roupas que cubram a maior parte do corpo; manter a limpeza de terrenos e de locais de criação de animais; recolhimento de folhas e frutos que caem no solo; e uso de telas de malha fina em portas e janelas.
Com informações da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP)*
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