quarta-feira, setembro 18, 2024

Malária no Amazonas: Número de casos mantém-se estável, mas ações preventivas seguem sendo cruciais

As recomendações de prevenção ainda incluem uso de repelente, evitar contato com o mosquito em áreas de mata ou rios nos horários entre o anoitecer e amanhecer

Com variação entre 5,3 mil a 5,9 mil casos mensais, o cenário epidemiológico da malária tem se mantido estável no Amazonas desde o mês de maio de 2024, considerando o atual curso do período sazonal, de junho até outubro. As informações são da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM).

A malária é uma doença transmitida pela picada do mosquito infectado, e pode causar sintomas como febre alta, calafrios, suor excessivo, dor de cabeça e no corpo. De janeiro a julho de 2024, foram registrados 36.339 casos de malária no Amazonas. A maior parte dos casos notificados estão em área rural (42,9%) e indígena (40,5%).

Entre as principais estratégias de prevenção à malária está o uso de mosquiteiro impregnado com inseticida, insumo encaminhado pelo Ministério da Saúde e distribuído aos municípios, por meio das secretarias municipais de saúde, às localidades com maior circulação do mosquito Anofelino, vetor da doença.

As recomendações de prevenção ainda incluem uso de repelente, evitar contato com o mosquito em áreas de mata ou rios nos horários entre o anoitecer e amanhecer. Diante da presença de agentes de endemias, autorizar a borrifação da casa para controle dos mosquitos.

A diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim, destaca a importância de manter a vigilância e as ações de prevenção.

“Apesar da estabilidade dos casos de malária, é essencial que a população continue adotando medidas preventivas. Não podemos baixar a guarda, pois a malária é uma doença que pode acometer a mesma pessoa várias vezes”, alerta Tatyana.

A gerente de malária e outros hemoparasitas no Departamento de Vigilância Ambiental da FVS-RCP, Myrna Barata, reforça a importância do diagnóstico oportuno e do tratamento adequado.

“Ao apresentar sintomas de malária, é fundamental que a pessoa busque imediatamente o serviço de saúde mais próximo da residência e siga rigorosamente o tratamento até o fim. Abandonar o tratamento pode resultar em complicações graves, bem como se manter como fonte de infecção para o mosquito e manutenção da doença na localidade”, explica Myrna.

A colaboração da população é estratégica para o sucesso dessas ações, especialmente no que diz respeito à adoção de medidas preventivas e à busca por diagnóstico diante de suspeita de malária.

“Se houver sintomas suspeitos para a malária e, nos últimos 15 dias esteve em áreas de risco para a doença, é preciso procurar o serviço de saúde mais próximo”, acrescenta Myrna.

 

 

 

 

 

Com informações da FVS-RCP*

Foto: Antônio Lima/Secom

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