Durante a coletiva de apresentação de mil novos alunos soldados da Polícia Militar, que passam a atuar na PMAM, o governador do Estado, Wilson Lima (UB), ao ser questionado sobre a alegação de David Almeida sobre a falta de repasses, afirmou que as verbas para as obras da Prefeitura de Manaus estão sendo transferidas normalmente e sem atrasos.
“Já repassamos aproximadamente R$ 900 milhões para a Prefeitura de Manaus, incluindo obras na Av. das Torres, reforma de feiras, Gigantes da Floresta e Passe Livre Estudantil […] Estou à disposição. Se for o caso, o Estado assume as obras, e não há dificuldade”, destacou Wilson Lima.
O chefe do Executivo Estadual reafirmou que o repasse atual, ainda não realizado pela prefeitura, se deve à falta de prestação de contas.
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Wilson Lima também lembrou e ressaltou que nenhum governador ou prefeito enfrentou dificuldades com os repasses do Estado durante a pandemia de Covid-19.
“Nós enfrentamos pandemia (Covid-19), cheia, estiagem, processo de impeachment […] Eu não culpei ninguém. Assumi minhas responsabilidades e trabalhei. Essa é a resposta que temos dado: trabalho. E é isso que conta. Quem é autoridade, seja prefeito ou governador, deve assumir suas responsabilidades, porque mimimi não resolve o problema da população”, concluiu o governador, indignado, em resposta às constantes justificativas do prefeito.
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Nesta segunda-feira (9), os vereadores da Câmara Municipal de Manaus (CMM) começaram a assinar o requerimento que pede a abertura de uma CPI para investigar os pagamentos recebidos por familiares do prefeito David Almeida (Avante).
No pequeno expediente desta manhã, o autor do pedido, o vereador Lissandro Breval (PP), informou que estava fazendo o recolhimento das assinaturas no plenário e comentou sobre a justificativa para a abertura da CPI.
“Se trata de um explícito direcionamento, empresas recém formadas, sem nenhum tipo de histórico e trabalho de certas áreas, passam a receber valores […]. O direcionamento claro de empresas para fins não republicanos, pagamento de empresas que estão nesse esquema que eu chamo de ‘Terceirização da Corrupção’. É meu amigo, minha família, minha sogra, minha noiva, eu direciono e a empresa tem que pagar”, disse.
Leia mais: Assinaturas para investigar pagamentos a familiares de prefeito começam a ser recolhidas na CMM