sexta-feira, setembro 20, 2024

Cota do Rio negro segue baixando e atinge 15,08 metros, nesta sexta-feira (20)

A pior seca do Rio Amazonas aconteceu em 2023 quando o Rio Negro atingiu a profundidade mais baixa dos últimos 120 anos com 12,87 metros

A profundidade do Rio Negro segue sendo afetado pela seca severa que atinge todo estado do Amazonas. Segundo o monitoramento do Porto de Manaus, em setembro, as águas têm baixado cerca de 25 de centímetros por dia. Desde o início do mês, o principal rio da Amazônia baixou quase 5 metros.

A situação do principal rio da Amazônia e seus afluentes é extremamente crítica. A pior seca do Rio Amazonas aconteceu em 2023 quando o Rio Negro atingiu a profundidade mais baixa dos últimos 120 anos com 12,87 metros.

Confira a evolução da estiagem em setembro:

DiaCota (m)Encheu/ Vazou (cm)
119.78-24.00
219.53-25.00
319.26-27.00
419.01-25.00
518.75-26.00
618.49-26.00
718.23-26.00
817.98-25.00
917.73-25.00
1017.47-26.00
1117.21-26.00
1216.97-24.00
1316.75-22.00
1416.50-25.0
1516.25-25.00
1615.99-26.00
1715.77-22.00
1815.53-24.00
1915.29-24.00
2015.08-21.00

 

Na última terça-feira (17), a praia da Ponta Negra, principal balneário de Manaus foi interditada após o Rio Negro atingir a cota mínima de segurança estabelecida em 16 metros. Laudos técnicos apontam que a partir do limite estipulado, a baixa profundidade torna a praia perigosa para mergulho de banhistas.

No dia 14 de setembro, O Museu do Seringal Vila Paraíso, localizado na zona rural de Manaus, anunciou o fechamento para visitação pública a partir do dia 16. A suspensão das atividades voltadas ao público externo também se deu por conta da severa estiagem que atingiu os cursos d’água da região, já que o acesso ao Museu do Seringal acontece exclusivamente por via fluvial.

Também é possível observar bancos de areia surgindo em áreas mais rasas do rio, o que passa a impactar ainda mais a navegabilidade de embarcações, refletindo a situação climática na economia e no acesso à municipios afastados, onde os principais acessos são pelos rios tendo em vista que as demais calhas também são afetadas.

Segundo o Boletim da Estiagem, monitorado e atualizado pelo Governo do Amazonas, 62 municípios estão em estado de emergência. Aproximadamente 431.477 pessoas já estão sendo afetadas.

As cidades são: Alvarães, Amaturá, Anamã, Anori, Atalaia do Norte, Autazes, Barcelos, Benjamin Constant, Boca do Acre, Borba, Caapiranga, Carauari, Careiro Castanho, Careiro da Várzea, Coari, Codajas, Eirunepe, Envira, Fonte Boa, Guajara, Humaita, Ipixuna, Iranduba, Itamarati, Itapiranga, Japura, Jurua. Jutaí, Lábrea, Manaquiri, Manaus, Maraã, Maués, Nova Olinda do Norte, Novo Aripuana, Pauini, Rio Preto da Eva, Santa Isabel do Rio Negro, Santo Antônio do Ica, São Gabriel da Cachoeira São Paulo de Olivença, Silves, Tabatinga, Tapauá, Beruri, Manicoré, Barreirinha, Boa Vista do Ramos, Itacoatiara, Nhamundá, Parintins, São Sebastião do Uatumã, Urucurituba, Manacapuru,
Novo Airão, Canutama, Apuí e Presidente Figueiredo.

Ilustração: Marcus Reis

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