O governo brasileiro se manifestou contra os ataques da Força Aérea de Israel, e, áreas civis em Beirute, no Sul do Líbano e no vale do Beqaa, que causaram ao menos 492 mortes e deixaram mais de 1600 feridos. De acordo com informações das Forças de Defesa de Israel (FDI), Israel teria como alvo, dezenas de membros do grupo extremista Hezbollah.
Segundo o ministro do Líbano, Firass Abiad, entre as vítimas do ataque estão mulheres, crianças. Ele afirma ainda que Israel também atingiu o Hospital Bint Jbail e paramédicos teriam perdido a vida dentro de ambulâncias e clínicas. A data foi o dia mais sangrento no país, desde a guerra de 2006.
O Brasil deplorou declarações de autoridades israelenses em favor de operações militares e da ocupação de parte do território libanês. Em nota, o país alertou para grande preocupação ante exortações do governo israelense para que civis libaneses evacuem suas residências naquelas regiões.
“O Brasil renova o apelo às partes envolvidas para que cessem, imediatamente, os ataques, de forma a interromper a preocupante escalada de tensões, que ameaça conduzir a região a conflito de amplas proporções, com severo impacto negativo sobre populações civis.”
De acordo com o canal de notícias Al Jazeera, o Hezbollah respondeu aos ataques com seis bombardeios em direção às posições das tropas militares. Segundo as Forças de Defesa de Israel, “um grande número” de integrantes do Hezbollah foram mortos no Líbano nesta segunda.
O Brasil reforçou a recomendação para cidadãos brasileiros no país: “A Embaixada do Brasil em Beirute continua prestando, com empenho, a assistência e fornecendo as orientações devidas à comunidade brasileira, com a qual mantém contato permanente. O governo brasileiro acompanha com preocupação e atenção o impacto do conflito para a comunidade. Reitera-se a recomendação aos brasileiros para deixarem a área conflagrada. Em caso de necessidade, recomenda-se entrar em contato com o plantão consular do Itamaraty por meio do número +55 (61) 98260-0610 (com WhatsApp).”
Foto: Reprodução /Hassan Fneich /AFP