Na última quinta-feira (3), o Rio Negro alcançou a cota de 12,68 metros de profundidade, o que marca a pior seca da história do rio, pelo segundo ano consecutivo. No ano passado, o rioregistrou 12,70 metros em 26 de outubro. As informações são do Serviço Geológico do Brasil (SGB).
Diferente da previsão pré-seca, que não estipulava a superação do último recorde, a previsão é de que as àguas continuem descendo até o fim do mês. A gravidade da situação vem sendo impulsionada pela falta de chuvas e tempo seco desde o dia 17 de junho, quando o rio começou a vazar. A nova profundidade desta sexta-feira (4) é de 12,66.
Em 2023, na mesma data do novo recorde da estiagem, o Rio Negro media 15,14 metros, o que representa uma diferença de 2,46 metros a mais do que o nível registrado neste ano, conforme dados do Porto de Manaus.
Veja as piores secas já registradas no Rio Negro, em Manaus:
1° 03/10/2024 12,68 m
2° 26/10/2023 12,70 m
3° 24/10/2010 13,63 m
Os efeitos da estiagem já afetam 62 municípios do estado do Amazonas e segundo o Boletim da Estiagem, divulgado na quita-feira (4), 747.642 mil pessoas estão sofrendo com a baixa dos afluentes. Segundo a Defesa Civil, todas as calhas de rios do estado estão em estado crítico de vazante.
Toda logística do estado encontra-se prejudicada. Tanto para o setor da economia, quanto para o quesito humanitário. Tendo em vista que, comunidades indígenas e ribeirinhas ficam isoladas, sem acesso a insumos básicos para a sobrevivência. Assim como para as indústrias do Polo Industrial, que recebem os materias principalmente por via aquática.
Rio Amazonas
Nesta quinta-feira (4), foi a vez do Rio Amazonas atingir a sua menor cota, segundo a estação que monitora a profundidade das águas na região de Itacoatiara. A cota divulgada hoje é de 0,32 cm. A menor havia sido de 0,36 em 26 de outubro do ano passado.
Veja as piores secas já registradas no Rio Amazonas, em Itacoatiara:
1° 04/10/2024 0,32 cm
2° 26/10/2023 0,36 cm
3° 24/10/2010 0,90 cm
Ilustração: Marcus Reis
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