Novas informações sobre a investigação da Polícia Federal (PF) contra o prefeito de Manaus, David Almeida (Avante) vieram à tona e foram noticiadas pela Revista Cenarium. Desta vez, as informações são a respeito do vazamento do relatório da PF que relaciona o atual chefe municipal com organização criminosa.
Conforme revelou a reportagem, a relação com organização criminosa seria entre o prefeito de Manaus, a irmã dele, Dulce Almeida, e o genro de Dulce, Pedro Thadeu Cadais Pinto de Moura. Na investigação, a PF cita aos crimes de organização criminosa, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro.
Essa ligação tem ligação com o suposto recebimento de propina para favorecimento de empresa em licitação da Prefeitura de Manaus, a qual favoreceria a empresa de coleta de lixo Tumpex, conforme foi revelado pela UOL e noticiado pelo O Convergente.
A informação teria sido obtida pela Polícia Federal por meio de escuta telefônica iniciada em 6 de março de 2022. Conforme noticiou o UOL, o ‘grampo’ era para investigar o sócio da Tumpex, José Antônio, mas o suposto esquema da Prefeitura de Manaus acabou sendo descoberto após o sócio comentar sobre o suposta propina em conversa.
De acordo com o UOL, a PF investigou que David Almeida recebeu a propina da empresa antes de assumir a Prefeitura de Manaus, logo após vencer as eleições. De acordo com o inquérito, os R$ 100 mil foram desembolsados depois que Almeida venceu a eleição de 2020 e o valor foi entregue à Dulce Almeida em duas remessas.
A investigação da PF aponta que houve a confirmação de editais de licitação da Prefeitura de Manaus para a aquisição de pedra brita e areia, de acordo com o relatório vazado.
Responsável pela investigação, o delegado federal Eduardo Zózimo de Andrade apontou que é necessária a autorização judicial para instaurar um novo inquérito para apurar a possível prática de crimes de corrupção ativa e/ou passiva, com o objetivo de fraudar licitações, por parte dos envolvidos.
O prefeito David Almeida, por ter foro privilegiado, passaria a ser investigado em instâncias superiores, conforme apontou a PF.
Na época em que o caso veio à tona, O Convergente buscou contato com as partes envolvidas: o prefeito David Almeida, a ex-secretária municipal Dulce Almeida, o sócio da empresa Tumpex e a Prefeitura de Manaus.
Em resposta ao O Convergente, a Prefeitura de Manaus informou que a investigação está em curso, mas negou a existência de qualquer crime relacionado à gestão de David Almeida. Ainda de acordo com a administração, a empresa não venceu licitações durante a atual gestão.
David Almeida, Dulce Almeida e José Antônio, sócio da Tumpex, e a Semulsp, não retornaram o contato.
Outro lado
Com as novas denúncias vindo à tona, O Convergente buscou novo contato com as partes envolvidas: o prefeito David Almeida, a ex-secretária municipal Dulce Almeida, Pedro Moura e o sócio da empresa Tumpex.
O contato com o prefeito David Almeida foi feito por e-mail e através das redes sociais. O contato com Dulce Almeida foi feito através das redes sociais, uma vez que a mesma tem respondido as postagens do O Convergente, mas não retorna as solicitações de esclarecimentos da equipe.
Já os contatos com o sócio da Tumpex e com Pedro Moura foram encaminhados para o e-mail das empresas o qual ambos aparecem como sócio administrador. Não foi localizado o contato de Pedro Moura através das redes sociais.
O Convergente também entrou em contato com a Polícia Federal para esclarecimento dos fatos a respeito da investigação contra o prefeito de Manaus.
Até a publicação desta matéria, não houve retorno de ambas as partes. O espaço segue aberto para esclarecimentos e envio de futuras notas.
*Com informações do O Convergente
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